Rogério Cruz presta contas em meio a cobranças de vereadores da capital

Os vereadores de Goiânia receberam, no plenário da Câmara Municipal, o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) para um rito comum para o administrador de qualquer cidade, a prestação de contas do terceiro quadrimestre do ano passado, ou seja, entre setembro e dezembro. 

Além de comemorar o resultado do aumento do IPTU – de 12,46% – com a Reforma Tributária, criando um superávit de R$423 milhões, Rogério Cruz prometeu alguns projetos e ouviu demandas de parlamentares. 

Embora o recolhimento tenha sido diminuído por causa da isenção de 48 mil carnês de IPTU, o montante foi providencial para o planejamento do Paço para o investimento em obras no valor que, segundo o prefeito, chegou a R$ 70 milhões para obras de infraestrutura. 

O valor foi usado para a pavimentação asfáltica de pelo menos 13 bairros, drenagem urbana em alguns e construção da Avenida Leste-Oeste. Rogério Cruz ainda apontou obras na Saúde, como reformas dos Centros de Atenção Integral em Saúde (Cais), dos Centros de Assistência Integrada Médico–Sanitárias (Ciams) e do Centro Municipal de Vacinação. 

“Na área de educação, até 2024, vamos entregar 36 novos Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) e, assim, zerar o déficit de vagas da educação infantil”, disse o chefe do executivo da capital no plenário da Câmara. 

Apresentado pelo secretário de Finanças, Vinícius Henrique Pires Alves, o relatório fiscal apontou, no terceiro quadrimestre do ano passado, receita total de R$ 7,52 bilhões – crescimento real de 9,28% em relação ao mesmo período de 2021. “Foram aplicados, no mercado de ações, cerca de R$ 1,1 bilhão, o que rendeu mais de R$ 10 milhões mensais para o Município. Isso possibilitou quitar uma folha de pagamento dos servidores”, explicou o secretário.

Vinicius Henrique explicou que o Paço quitou três datas-bases atrasadas (2019, 2020 e 2021) e já se comprometeu a pagar a data-base de 2023 em parcela única. A meta da prefeitura, diz o secretário, “é não negociar direitos dos servidores”. Conforme Vinícius Alves, a despesa total do período em questão – de R$ 7,10 bilhões – gerou economia orçamentária de mais de R$ 400 milhões. 

Além do espaço dado ao executivo para apresentar dados em calhamaços trazidos, vereadores foram ouvidos com reivindicações e propostas. Cabo Senna (Patriota) sugeriu que fosse feito um estudo sobre destinação de impostos arrecadados por uso de cartões de crédito para Goiânia, e não para São Paulo e Rio de Janeiro, onde estão sediadas as operadoras. O parlamentar entregou às mãos do prefeito Rogério Cruz um requerimento para criação de plataforma de acesso virtual no site da Prefeitura.

Líder do prefeito da Casa Legislativa, o vereador Anselmo Pereira (MDB) sugeriu a criação de imposto único para IPTU e ITU enquanto a vereadora Kátia Maria (PT) pediu a  divulgação de percentuais aplicados em cultura, assistência social e meio ambiente, à semelhança de dados relativos à saúde e à educação. 

Para aproveitar a presença do prefeito, Joãozinho Guimarães (Solidariedade) solicitou ao prefeito uma obra no viaduto da BR-153 sobre a avenida no Parque das Laranjeiras. De antemão, Cruz disse que a situação está em andamento, pois a obra está no cronograma do Paço, por meio do Programa Goiânia Adiante.

Sabrina Garcez (Republicanos) também pediu ao prefeito que se unificasse os Planos de Cargos e Carreira dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes Comunitários de Endemias com o plano dos servidores da saúde. Assim, as duas categorias teriam direito a reajuste de 6% a cada três anos de serviço, defendeu a parlamentar. 

De oposição acirrada, a vereadora Aava Santiago (PSDB) questionou o prefeito acerca do processo licitatório para empresa que prestará serviços de limpeza urbana, que inclui varrer as ruas, coleta de resíduos e administração do aterro sanitário.