Cartões de vacina de Bolsonaro e Laura foram alterados, diz colunista
Pessoas beneficiadas conseguiram emitir certificados de vacinação e usar para burlar restrições sanitárias impostas pelos governos do Brasil e dos Estados Unidos, segundo os investigadores
Por: Francisco Costa
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A Polícia Federal prendeu nesta quarta (3/5) um ex-ajudante de ordens de Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, em operação que investiga um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Conforme apurou Igor Gadelha, do Metrópoles, entre os que tiveram o cartão de vacina alterado estão o próprio ex-presidente e a filha mais nova dele, Laura, 12 anos – Mauro, a esposa e a filha dele também.
Segundo a PF, a inclusão dos dados falsos ocorreu entre novembro de 2021 e dezembro de 2022. As pessoas beneficiadas conseguiram emitir certificados de vacinação e usar para burlar restrições sanitárias impostas pelos governos do Brasil e dos Estados Unidos, segundo os investigadores.
Os agentes cumprem 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro. A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes e também executou buscas e apreensões na casa do ex-presidente. Bolsonaro não foi alvo de mandado de prisão, mas deve prestar depoimento ainda nesta quarta.
A lista de alvos da PF ainda inclui o policial militar Max Guilherme e o militar do Exército Sérgio Cordeiro – ambos, seguranças próximos de Bolsonaro e que atuaram na proteção dele durante o mandato presidencial.
Apreensões
Na ocasião, os celulares de Bolsonaro e Michelle Bolsonaro foram apreendidos durante o mandado na residência do casal, em Brasília. A informação foi confirmada pelo colunista da GloboNews, Valdo Cruz.