“Bolsonaro irá depor à PF quando tivermos acesso ao processo”, diz advogado
A declaração ocorreu durante conversa com a imprensa na sede da PF, em Brasília
Por: Luan Monteiro
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O advogado e assessor especial do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Fábio Wajngarten, afirmou que o ex-mandatário irá prestar depoimento à Polícia Federal (PF) após a defesa ter acesso aos autos do processo. A declaração ocorreu durante conversa com a imprensa na sede da PF, em Brasília.
Wajngarten afirmou que a “defesa não teve acesso a nenhuma informação referente aos acontecimentos de hoje cedo”.
“O presidente Bolsonaro estará à disposição das autoridades competentes, como sempre esteve, tão logo a defesa tenha acesso aos autos”, continou. O advogado afirmou estar indo encontrar o ex-presidente, que está na sede do PL.
Wajngarten também disse que o advogado do ex-presidente, Marcelo Bessa, que acompanhou a ação policial na manhã desta quarta-feira (3/5), já peticionou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para ter acesso aos autos.
“Os autos estão com o ministro Alexandre de Moraes e o Dr. Bessa já peticionou o acesso. Não temos informação, não tivemos acesso a nada”, completou.
A operação
A Polícia Federal prendeu na manhã desta quarta-feira (3/5) um ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid Barbosa. A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes.
A operação também executou buscas e apreensões na casa do ex-presidente. Bolsonaro não foi alvo de mandado de prisão.
A lista de alvos da PF ainda inclui o policial militar Max Guilherme e o militar do Exército Sérgio Cordeiro – ambos, seguranças próximos de Bolsonaro e que atuaram na proteção dele durante o mandato presidencial.
A Polícia Federal investiga um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.
A inclusão dos dados falsos ocorreu entre novembro de 2021 e dezembro de 2022. As pessoas beneficiadas conseguiram emitir certificados de vacinação e usar para burlar restrições sanitárias impostas pelos governos do Brasil e dos Estados Unidos, segundo os investigadores.
Os agentes cumprem 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro.