Bolsonaro chora ao falar de operação que fez buscas em sua casa; assista

Segundo Bolsonaro, o cumprimento de mandados de busca e apreensão na casa dele, na manhã desta quarta, foi uma ação com objetivo de “esculachar”

Postado em: 03-05-2023 às 14h42
Por: Luan Monteiro
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Segundo Bolsonaro, o cumprimento de mandados de busca e apreensão na casa dele, na manhã desta quarta, foi uma ação com objetivo de “esculachar”. | Foto: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reafirmou, nesta quarta-feira (3/5), que não cometeu “nenhuma fraude”, após ser alvo de operação da Polícia Federal (PF) que investiga irregularidades em dados de vacinação contra a Covid-19. Segundo Bolsonaro, o cumprimento de mandados de busca e apreensão na casa dele, na manhã desta quarta, foi uma ação com objetivo de “esculachar”.

“Essa questão de hoje, receber a PF na sua casa, não há dúvida de que é o que eu chamei de operação para te esculachar. Poderiam perguntar sobre vacinação para mim, sobre o cartão, eu responderia, sem problema nenhum. Agora é uma pressão enorme, 24 horas por dia, o dia todo, desde antes de assumir a Presidência, até agora. Não sei quando isso vai acabar”, afirmou ao programa Pânico, da Jovem Pan.

“Por que eu fico emocionado? Mexeu comigo, sem problema. Agora vai para a esposa, para a filha… É desumano”, continuou.

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O ex-presidente reafirmou que não se vacinou contra a Covid-19 e negou ter falsificado dados. “Não existe adulteração da minha parte. Eu não tomei a vacina. Li a bula e não tomei. Minha filha de 12 anos não tomou. A Michelle [Bolsonaro] tomou nos EUA”, disse.

Assista:

A operação

A Polícia Federal prendeu na manhã desta quarta-feira (3/5) um ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid Barbosa. A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes.

A operação também executou buscas e apreensões na casa do ex-presidente. Bolsonaro não foi alvo de mandado de prisão.

A lista de alvos da PF ainda inclui o policial militar Max Guilherme e o militar do Exército Sérgio Cordeiro – ambos, seguranças próximos de Bolsonaro e que atuaram na proteção dele durante o mandato presidencial.

A Polícia Federal investiga um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.

A inclusão dos dados falsos ocorreu entre novembro de 2021 e dezembro de 2022. As pessoas beneficiadas conseguiram emitir certificados de vacinação e usar para burlar restrições sanitárias impostas pelos governos do Brasil e dos Estados Unidos, segundo os investigadores.

Os agentes cumprem 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro.

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