“Respondeu a todos os questionamentos”, diz defesa de Torres após oitiva

Torres chegou a PF por volta das 14h escoltado pela Polícia Militar (PM)

Postado em: 08-05-2023 às 17h51
Por: Luan Monteiro
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Torres chegou a PF por volta das 14h escoltado pela Polícia Militar (PM). | Foto: Agência Brasil

O ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres, deixou a sede da Polícia Federal (PF) na tarde desta segunda-feira (8) após prestar depoimento no inquérito que apura a atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no segundo turno das eleições de 2022.

Torres chegou a PF por volta das 14h escoltado pela Polícia Militar (PM). Em nota, a defesa do ex-ministro disse que o “depoimento ocorreu dentro da normalidade”. “Anderson Torres compareceu à sede da Polícia Federal, abriu mão de seu direito constitucional ao silêncio e respondeu todos os questionamentos formulados”, afirmaram os advogados.

O depoimento anterior foi cancelado a pedido da defesa, que apresentou laudo psiquiátrico de Torres com informações de que ele não teria condições de comparecer.

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Estado de saúde

O senador Izalci Lucas (PSDB), que visitou Torres no Batalhão de PM onde ele esta preso no último domingo (7/5), relatou que o ex-ministro está “desesperado” por não ver as filhas.

“Ele está sem ver as filhas há quase quatro meses. Ele chorou o tempo todo quando falou da família”, disse o senador. “A situação é grave em termos de saúde mental, mas vamos trabalhar para garantir que a Constituição seja cumprida. Já ultrapassou o limite de prisão preventiva, não dá para entender ele estar tanto tempo preso dessa forma”, continuou.

Preso desde 14 de janeiro, Anderson Torres toma cerca de oito comprimidos por dia para conter crises de instabilidade emocional.

Em abril, o depoimento de Torres foi adiado após sua defesa alegar “piora no estado de saúde”. Segundo os advogados, ele passou por uma avaliação médica psiquiátrica que constatou “piora significativa” em crises de ansiedade e quadros depressivos.

“Ocorre que, após ter ciência do indeferimento do pedido de revogação de sua prisão preventiva, o estado emocional e cognitivo do requerente, que já era periclitante, sofreu uma drástica piora. Nesse cenário, a psiquiatra da Secretaria de Saúde do DF que o atende atestou, em 22/04/2023, a impossibilidade de Anderson Torres ‘comparecer a qualquer audiência no momento por questões médicas (ajuste medicamentoso), durante 1 semana’”, afirma a defesa de Torres no pedido.

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