Novos áudios reforçam tentativas de golpe por parte de aliados de Bolsonaro

O ex-major Ailton Barros foi preso no último dia 3 de maio durante operação da PF que apura fraude em dados de vacinação da Covid-19

Postado em: 09-05-2023 às 08h13
Por: Francisco Costa
Imagem Ilustrando a Notícia: Novos áudios reforçam tentativas de golpe por parte de aliados de Bolsonaro
O ex-major do Exército Ailton Barros e Bolsonaro (Foto: Reprodução)

Novos áudios divulgados pela CNN Brasil, na segunda-feira (8), reforçam que aliados do ex-presidente Bolsonaro (PL) planejavam um golpe. Nas gravações, o coronel Élcio Franco e o ex-major do Exército Ailton Barros falam em mobilizar 1,5 mil homens para um golpe de Estado, além da resistência do comandante do Exército naquele momento, Freire Gomes.

Conforme a notícia, a troca de mensagens ocorreu após o resultado do segundo turno das eleições. “Essa enrolação vai continuar acontecendo. O Freire não vai. Você não vai esperar dele que ele tome frente do assunto, mas ele não pode impedir de receber a mensagem”, diz Élcio, que foi número 2 do Ministério da Saúde e assessora da Casa Civil, homem de confiança do governo Bolsonaro.

Ainda pela conversa, o coronel supõe o que Gomes diria para se defender e que tema as consequências, conforme diálogo já divulgado. “Ele tá indo para a pior hipótese. (…) Deu tudo errado, o presidente foi preso e ele está sendo chamado a responder. Eu falei, ó, eu, durante o tempo todo [ininteligível] contra o presidente, falei que não, não deveria fazer, que não deveria fazer e pronto, vai pro Tribunal de Nurenberg desse jeito. Depois que ele me deu a ordem por escrito, eu, comandante da Força, tive que cumprir. Essa é a defesa dele, entendeu? Então, sinceramente, é dessa forma que tem que ser visto.”

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Já em outro diálogo, Barros fala em convencer o comandante da Brigada de Operações Especiais de Goiânia da prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. “Vamos organizar, desenvolver, instruir e equipar 1,5 mil homens.” Para ele, em 19 de dezembro era preciso “botar as Forças Armas para agir” por meio de decretos de Garantia da Lei e da Ordem.

O ex-major Ailton Barros foi preso no último dia 3 de maio durante operação da Polícia Federal (PF) que apura fraude em dados de vacinação da Covid-19.

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