Segunda-feira, 29 de julho de 2024

Marun pede retorno ao trabalho e diz que PF já pediu prisões

Participaram da reunião, que durou aproximadamente uma hora, o presidente Michel Temer e os integrantes do gabinete de crise

Postado em: 26-05-2018 às 15h25
Por: Márcio Souza
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Participaram da reunião, que durou aproximadamente uma hora, o presidente Michel Temer e os integrantes do gabinete de crise

O ministro da Secretaria de Governo da Presidência da
República, Carlos Marun, apelou hoje (26) aos caminhoneiros para que voltem às
atividades. Em entrevista coletiva, ele informou que a Polícia Federal (PF)
pediu a prisão de empresários suspeitos de incitar o movimento de paralisação,
fato chamado “locaute”,  e
avisou que haverá a aplicação de multa de R$ 100 mil para aqueles que se
recusarem a cumprir o acordo. O pedido para que os caminhoneiros voltem ao
trabalho foi feito após reunião, no Palácio do Planalto, para monitorar a
situação nas estradas.

Participaram da reunião, que durou aproximadamente uma hora,
o presidente Michel Temer e os integrantes do gabinete de crise. O gabinete foi
criado para analisar as primeiras ações adotadas ontem (25), após o decreto de
Garantia da Lei e da Ordem (GLO) editado pelo governo, determinando o uso das
forças federais para liberar as rodovias e reabastecer o país com os produtos
retidos nas estradas.

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Marun disse que Temer
demonstrou preocupação com o desabastecimento do país, mas, principalmente, com
a área de saúde, como hospitais e farmácias. De acordo com ele, o presidente
quer garantir os serviços essenciais à população.

“Em função disso, foi determinada a aplicação de multa
a caminhões que estejam transportando insumos de saúde e que tenham aderido ao
movimento. O presidente está muito preocupado com a questão de vidas
humanas”, afirmou.

Expectativa

O ministro disse ainda que o acordo feito com os líderes dos
caminhoneiros é positivo para a categoria e abriu prazo para negociações
futuras. Para ele, o tempo é fundamental para articular os demais aspectos
abordados pelos caminhoneiros. Marun afirmou que espera um “gesto de boa
vontade” da categoria porque a “população está sofrendo” as
consequências da falta de abastecimento.

“Temos um acordo, esse acordo é uma proposta para todos
os caminhoneiros do país, é uma proposta vantajosa. Não encerramos o diálogo.
Nós renovamos o apelo aos senhores transportadores e aos senhores caminhoneiros
no sentido de que retomem suas atividades e cumpram sua missão, o seu dever de
abastecer a população brasileira”.

Justiça

Marun informou também que a Polícia Rodoviária Federal
começou a cobrança de multas dos motoristas que continuarem a bloquear o
trânsito e os acostamentos, com base na decisão do ministro Alexandre de
Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que autorizou o uso da força e a aplicação
das penalidades. A prisão dos suspeitos de incitarem a paralisação também foi
pedida à Justiça, segundo Marun.

“A Polícia Federal já tem inquéritos para investigar
essa suspeita. Os empresários serão convocados, serão intimados, segundo nos
informou na reunião o diretor [da PF], Rogério Galloro. Também nos informou que
já existem pedidos de prisão, já conseguiram informações suficientes para pedir
a prisão e estão aguardando a manifestação da Justiça.”, acrescentou.

Marun destacou que as primeiras medidas tomadas pelo governo
estão garantindo a retomada do abastecimento, principalmente nas usinas
termelétricas de Roraima e Rondônia, que estão sendo abastecidas, além dos  aeroportos de Guarulhos, Porto Alegre e do
Rio de Janeiro.

Pelo menos três reuniões ocorrerão até amanhã (27). Uma será
ao longo da tarde deste sábado e mais duas no domingo para monitorar a
liberação das rodovias.

 Com informações da Agência Brasil. 

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