Bolsonaro nega ter mandado inserir dados falsos sobre vacina

Ele também afirmou que não teria razão para fazer isso

Postado em: 16-05-2023 às 19h16
Por: Luan Monteiro
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Ele também afirmou que não teria razão para fazer isso. | Foto: Planalto

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, em depoimento à Polícia Federal (PF), que nunca mandou e nem soube da inserção de dados falsos sobre sua vacinação no ConectSUS. Ele também afirmou que não teria razão para fazer isso.

Bolsonaro foi ouvido no inquérito que investiga um suposto esquema de adulteração de cartões de vacinação. Segundo a investigação, dados dos cartões de vacinação do próprio ex-presidente, da filha dele, além do ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, e familiares dele teriam sido adulterados no sistema do SUS.

Na oitiva desta terça-feira (16/5), Bolsonaro disse:

  • Que não determinou a inserção de dados falsos da vacinação contra a Covid no ConecteSUS;
  • Não sabia que dados falsos com seu nome foram inseridos no sistema;
  • Não sabia do esquema que inseria dado falsos;
  • Não tinha motivos para fazer isso;
  • Sobre a filha, disse que ela entrou nos Estados Unidos se declarando como não vacinada e que tinha laudo médico que permitia a ela não tomar vacina;

A PF questionou o ex-presidente sobre cada um dos personagens envolvidos no esquema para saber a relação entre eles e Bolsonaro. Ele também foi perguntado sobre seu conhecimento do esquema e se partiu a dele a ordem de acesso ao sistema do Ministério da Saúde, onde os dados sobre a vacinação contra a Covid-19 foram inseridos, e depois retirados.

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O ex-presidente foi questionado sobre a falsificação da carteira de vacinação da filha. Bolsonaro, então, voltou a dizer que ela tinha 12 anos quando viajou aos EUA e entrou no país se declarando como não vacinada. Ele disse ainda que ela tinha laudo médico que permitia a ela não tomar a vacina.

Investigação

A Polícia Federal investiga um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.

A inclusão dos dados falsos ocorreu entre novembro de 2021 e dezembro de 2022. As pessoas beneficiadas conseguiram emitir certificados de vacinação e usar para burlar restrições sanitárias impostas pelos governos do Brasil e dos Estados Unidos, segundo os investigadores.

Os agentes cumpriram, em 3 de maio, 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro.

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