Tocantins terá segundo turno e Mauro Carlesse lidera disputa

O governador interino, Carlesse (PHS), com 31% dos votos, disputará a vaga com o senador Vicentinho Alves (PR), que ficou com 22%

Postado em: 04-06-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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O governador interino, Carlesse (PHS), com 31% dos votos, disputará a vaga com o senador Vicentinho Alves (PR), que ficou com 22%

No Estado de Tocantins, um milhão de eleitores ainda votarão em segundo turno na eleição suplementar de governador. O governador interino, Mauro Carlesse (PHS) lidera a disputa pelo cargo. O primeiro turno ocorreu ontem e Carlesse ficou com 31% dos votos válidos. O segundo turno será no dia 24 de junho e o candidato eleito ficará no Palácio Araguaia até 31 de dezembro deste ano. 

Ele assumiu o cargo em função da cassação definitiva dos mandatos de Marcelo Miranda (MDB), e de sua vice, Cláudia Lélis (PV), por arrecadação ilícita de recursos para a campanha de 2014. 

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Em postagem no twitter, o candidato Carlos Amastha (PSB) reconheceu a derrota com 99% das urnas apuradas. “Obrigado minha gente. Não deu. Muito longe das expectativas. A velha política ainda domina com muita força o cenário político do nosso estado. Menos de 35% de votos conscientes”, publicou Amastha. 

Prisões

Sete pessoas foram detidas por crimes eleitorais ontem, no Tocantins, durante a eleição suplementar que ocorre no estado. Entre os presos, há cinco políticos e dois civis, de acordo com a Polícia Civil. Há casos de transporte irregular de eleitores e de compra de votos.

Em 2015, Carlesse se envolveu em uma polêmica ao ser preso no departamento de assessoria militar da Assembleia Legislativa, em Palmas. A prisão foi decretada por causa de um processo de execução de pagamento de pensão alimentícia contra o parlamentar, que corre na comarca de Barueri (SP).

Indígenas

A manhã da eleição suplementar foi de movimentação nas aldeias do estado. O Tocantins tem 4,2 mil eleitores indígenas distribuídos em 25 seções de oito cidades. Na região norte do estado, mais de 700 foram às urnas em comunidades de Itacajá.

“É uma satisfação o TRE incluir os indígenas para participar das eleições, além de facilitar o acesso para as comunidades porque é importante os indígenas exercer a cidadania. O acesso é o principal, porque antes era na cidade e era muito difícil para os indígenas deslocarem da aldeia para a cidade, além do preconceito. A gente exerce cidadania, mas sempre vê isso. Aqui na nossa comunidade tem mais privacidade”, comentou o mesário Renato Yahe Kraho.

“Votar aqui dentro da aldeia é melhor pra gente porque não tem perigo. Nunca deixei [de votar], sempre voto”, disse Joci Kraho, de 59 anos.

Eleição em Goiás

Os eleitores de Niquelândia elegeram o médico Fernando Carneiro (PSD), com 19.559 votos válidos, como prefeito para cumprir mandato-tampão por dois anos e meio até dezembro de 2020, após a cassação do registro da candidatura do então prefeito Valdeto Ferreira (PSB) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em abril. 

O ex-prefeito Valdeto Ferreira teve de deixar o cargo em função de supostos desvios de recursos da Educação em seu primeiro mandato à frente do Executivo, entre 1993 e 1996.

Campanha

Os candidatos tiveram 22 dias para apresentar suas propostas para os 26.738 eleitores de Niquelândia que fizeram o recadastramento biométrico do TRE até o dia 3 de janeiro deste ano, data-limite para poder votar nessa eleição suplementar.

Quem deixou para coletar as impressões digitais e fez o recadastramento no TRE depois dessa data só poderá votar nas eleições de outubro para escolher presidente, governador, deputados e senadores.

De acordo com o chefe do Cartório da 41ª Zona Eleitoral de Niquelândia, Raphael Guedes Costa, o recadastramento biométrico resultou no cancelamento de 4.019 títulos de eleitor no município.

Por isso, o número de eleitores niquelandenses aptos a votar sofreu queda de 11,41% na comparação com as eleições municipais de 2016 quando haviam 30.182 votantes cadastrados.

Porém, o número de eleitores de Niquelândia deverá crescer um pouco mais que os 26.738 atuais até outubro, pois, até lá, o TRE vai contabilizar o título das pessoas que se recadastraram de 4 de janeiro a 9 de maio, último prazo para votar nas eleições gerais daqui a 4 meses.

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