Quinta-feira, 28 de março de 2024

Peixoto ainda entre os prováveis candidatos à prefeitura de Goiânia

Nos bastidores, comentário é que Bruno não teria desistido do sonho de se tornar prefeito de capital ainda que a leitura de sua recondução tenha soado diferente disso

Postado em: 25-05-2023 às 07h55
Por: Luan Monteiro
Imagem Ilustrando a Notícia: Peixoto ainda entre os prováveis candidatos à prefeitura de Goiânia
Nos bastidores, comentário é que Bruno não teria desistido do sonho de se tornar prefeito de capital | Foto: Sergio Rocha/Alego

Engana-se quem já deu por descartado o nome do presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto (UB), entre os concorrentes à prefeitura de Goiânia em 2024. Peixoto tem se revelado um político hábil e isso pode ajudá-lo a chegar forte na disputa do ano que vem. A pedra no caminho está mais associada aos outros players do que à capacidade política de pavimentar sua chegada à disputa do ano que vem. 

Nos bastidores, o comentário é que Peixoto não teria desistido do sonho de se tornar prefeito de Goiânia ainda que a leitura de sua recondução antecipada à presidência da Casa tenha soado diferente disso. Acontece que em 16 de maio a Assembleia reelegeu Bruno como presidente da casa para o segundo biênio da atual legislatura (2025-2026).

Para alguns, ainda que a leitura tenha significado que o presidente estaria recuando de seu projeto rumo à prefeitura e se consagrando, de maneira definitiva, presidente da Casa pelos próximos quatro anos, fontes consultadas pelo O HOJE próximas a Peixoto asseguram: “não é bem assim”. 

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Bruno, além de escudeiro fiel do governador Ronaldo Caiado, conquistou, pelo empenho e lealdade, sua confiança ao longo dos últimos anos. Não terá, avaliam, dificuldade para se tornar o candidato natural da base governista em Goiânia se não fosse por dois nomes ainda incertos no páreo. 

O primeiro deles seria o de Ana Paula Rezende, filha do ex-prefeito e ex-governador de Goiás Iris Rezende. Interlocutores do governo goiano não titubeiam ao afirmar que Caiado gostaria de apoiá-la. Uma fonte próxima ao governador disse ao O HOJE, inclusive, que este é um cenário pacificado e que depende, apenas, de Ana Paula entrar na disputa. “Todos ao redor do governador já entenderam que se a Ana Paula estiver na disputa o apoio do governador seria automático”, disse uma fonte do alto escalão. 

A participação de Ana Paula, porém, ainda é incerta. Ao passo em que ela reflete sobre sua participação, lideranças emedebistas pressionam para que a decisão seja tomada o quanto antes. “É fato que estamos preocupados com isso. Ela é a nossa principal aposta. Mas precisa tomar uma decisão logo, até porque temos que trabalhar o nome dela junto ao eleitorado. Sem contar que, caso ela não queira, precisaremos construir um outro nome que possa concorrer pelo partido”, disse um emedebista. 

Uma vez fora da disputa, o cenário favorece Bruno, que teria musculatura suficiente entre os demais nomes para garantir a benção do governador. No entanto, movimentações recentes também chamam a atenção de membros do governo e até da oposição. Acontece que o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (Patriota), anunciou que retornará ao MDB depois de uma conversa com o governador e seu vice, Daniel Vilela.  

Mesmo antes de oficializar a decisão, a volta de Gustavo só era vista como interessante caso o ex-prefeito garantisse o apoio do governador na disputa pela prefeitura de Goiânia. Ainda que nenhuma das lideranças tenha deixado isso explícito nas entrevistas que concederam após a conversa de terça, a leitura é que o acordo está claro. 

Mendanha, no entanto, depende de uma decisão da Justiça. Isso porque foi reconduzido ao posto de prefeito de Aparecida no ano de 2020 e estaria naturalmente impedido de disputar novamente. No entanto, o político aposta em uma brecha legal que possa reverter esse cenário. Caso consiga, pode ser o candidato do governo. Caso não, Bruno volta a figurar como favorito, especialmente se o atual prefeito, Rogério Cruz (Republicanos), não se viabilizar a ponto de desistir da disputa ou não figurar entre uma opção para o governo.

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