PSDB faz pesquisa para saber o que sobrou e o caminho a seguir

O PSDB vive uma crise sem precedentes em suas quatro décadas de história no País, mas, assim como em Goiás, entrou em declínio acelerado como pedra morro abaixo. Sem lideranças expressivas e carente do vigor da juventude para empunhar novas bandeiras, se agarra a uma narrativa déjà-vu na tentativa de tocar mentes e corações. Um erro que pode ser a pá de cal da legenda a partir de 2024. O passado é só uma vaga lembrança dependurada na parede de saudosistas de cabeça branca.

É esse imobilismo e vazio de ideias que o presidente da legenda e governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, quer mudar. Ele encomendou pesquisa nacional para saber quais temas a população quer no debate nacional. Além disso, começou no sábado seminários para discutir seu caminho em 2024 e 2026. Quanto à pesquisa, foi inserida uma pergunta que diz muito sobre o governador gaúcho: o que faria uma pessoa se identificar com um político e se votaria em um candidato gay.

A partir do resultado, serão traçadas estratégias e o discurso deve mudar: sai o passado com cheiro de naftalina e entra o contraponto aos inquilinos nos municípios, Estados e no Palácio do Planalto. O líder do PSDB em Goiás, ex-governador Marconi Perillo, mantém o discurso de protagonismo, mas ainda tímido e sem lastro que empolgue o eleitorado, principalmente jovens. Por enquanto, o recomeço está focado em Goiânia, que pode verberar na Região Metropolitana e fazer eco nos municípios.

Itamar, um tucano solitário

Coerente, leal e partidário, conceitos que o “prefeito empreendedor” de Sancrerlândia, Itamar Leão, que também pode ser chamado de “tucano solitário”, carrega no seu currículo. Dentre os seis prefeitos que restaram no PSDB, Itamar é o que mais ostenta e divulga o estandarte tucano por onde anda.