Faltam provas para afastamento, diz Andrey

Presidente da Câmara arquivou pedido contra o prefeito por inexistência de documentos que comprovem as alegações de Kajuru

Postado em: 07-06-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Presidente da Câmara arquivou pedido contra o prefeito por inexistência de documentos que comprovem as alegações de Kajuru

Lucas de Godoi*

O presidente da Câmara de Vereadores de Goiânia, Andrey Azeredo (MDB), disse ontem ter arquivado o pedido de impeachment apresentado contra o prefeito Iris Rezende (MDB) por falta de base legal. O pedido foi apresentado pelo vereador Jorge Kajuru (PRP) na semana passada, sob alegação de o prefeito ter cometido “infrações político-administrativas”. De acordo com Andrey, a peça não possui documentos que provam os pedidos.

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“O juiz de admissibilidade [da Procuradoria da Câmara] estabelece as questões formais, bem como uma análise inicial quanto à causa do pedido e o nexo do que está sendo alegado. Pela documentação apresentada, o que motivou o pedido foi apenas uma peça argumentativa, sem nenhum documento comprobatório das alegações. Falta justa causa no pedido, por estes motivos jurídicos, o pedido foi arquivado”, esclareceu o presidente da Casa. 

Segundo ele, sua decisão foi pautada em um parecer da Procuradoria Jurídica da Câmara, que indicou que o vereador não teria juntado a documentação necessária para o tipo de denúncia, além de ter se baseado em dispositivos jurídicos revogados pela Constituição, que, segundo Azeredo, “não se aplicam no caso”.

Na quarta-feira (30), o prefeito Iris havia declarado que o pedido tinha interesse pessoal e que “essas ações não me preocupam”. Na ocasião ele afirmou: “Aprendi a lidar ao longo da minha vida pública com pessoas de todo gênero, de todas as reações. Hoje a população vai conhecendo cada vereador, sabendo os seus propósitos; se levam o mandato a sério ou não; se são dotados de ideal ou se são dotados de ira; de raiva do mundo”.

Após a decisão, Kajuru disse que esperava pelo resultado e que vai apresentar novo requerimento. “Eu já sabia que isso iria acontecer. Mas devo anunciar que pretendo apresentar outro pedido, com base em quatro fatores graves contra o atual chefe do Executivo goianiense, entre eles a destinação de R$ 10 milhões ao IMAS.  Uma das justificativas do vereador era de que Iris se afastava do Paço sem autorização da Casa Legislativa. 

Segundo Iris, desde que assumiu a gestão da cidade, só se ausenta para reuniões pontuais de trabalho em Brasília. “Ninguém me vê participando de congresso de prefeitos, que tem tantos congressos, tantas reuniões fora, não saí nenhum dia”, disse. (*Especial para O Hoje) 

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