Gayer usa dinheiro público para pagar empresa de político que estava no 8/1

Deputado diz que pagamentos tiveram aval da Câmara dos Deputados

Postado em: 31-05-2023 às 08h52
Por: Francisco Costa
Imagem Ilustrando a Notícia: Gayer usa dinheiro público para pagar empresa de político que estava no 8/1
Deputado diz que pagamentos tiveram aval da Câmara dos Deputados (Foto: Câmara dos Deputados)

O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) utilizou verba da cota parlamentar para pagar a empresa de um amigo e político que esteve nos atos golpistas de 8 de janeiro contra os três Poderes, em Brasília. A informação foi revelada pelo UOL.

Segundo a assessoria do deputado, os pagamentos ao empresário João Paulo Cavalcante tiveram o aval da Câmara dos Deputados. Além disso, o amigo teria colaborado com as investigação ao depor na Polícia Federal (PF).

Em relação ao gasto, o UOL apontou que a Goiás Online Comunicação e Marketing Publicitário LTDA – que tem João Paulo como único sócio – recebeu R$ 24 mil para serviços de “publicidade das redes sociais” de março a maio de 2023. O trabalho feito pela empresa foi o de “divulgação da atividade parlamentar”.

Continua após a publicidade

Destaca-se, a empresa de João Paulo abriu em 15 de março deste ano, uma semana antes de emitir nota fiscal para o gabinete de Gayer, conforme aponta o UOL.

Em relação ao 8 de janeiro, durante os ataques ao Congresso, João Paulo gravou vídeo dizendo: “Galera, hoje, dia 8 de janeiro de 2023, o Brasil faz história. Mais uma vez, milhões de brasileiros indignados com o sistema, demonstrando que a nossa República Federativa do Brasil não vai cair nas mãos de criminosos. Olhem só essas imagens históricas.”

Ele continuou, enquanto os golpistas subiam a rampa do Congresso: “Iremos dar o nosso sangue por essa pátria. Brasil acima de tudo, Deus acima de todos. Vem pra Brasília agora. Para tudo que você está fazendo, venha pra Brasília, galera.”

João Paulo também é suplente de vereador em Goiânia pelo DC.

Nota de Gayer:

“O João Paulo Cavalcante foi pago como um prestador de serviços, através da sua empresa legalmente constituída e apta a aperfeiçoar contratados no âmbito público e privado. Ademais, os pagamentos realizados passaram pelo crivo da análise dos departamentos competentes da Câmara dos Deputados, sendo, portanto, legais.

No que tange ao possível envolvimento de João Paulo Cavalcante nos atos do dia 08 de Janeiro, até a presente data não tramita nenhuma ação contra ele, não há decretação de prisão preventiva, temporária ou de qualquer outra espécie, muito pelo contrário, ele colaborou com as investigações ao depor na Polícia Federal e esclarecer o que sabia sobre o tema.

Enquanto não houver uma implicação criminal ou cível do Sr. João Paulo, que comprove sua efetiva participação, a presunção de inocência deve vigorar. Por fim, vale ressaltar que os atos que ensejaram depredação patrimonial foram repudiados pelo Deputado Federal Gustavo Gayer, e a realidade dos fatos serão apurados na CPMI já instauradas no Congresso, que inclusive foi subscrita e apoiada por ele.”

Veja Também