Sessão da CPI do MST é marcada por debates intensos e conflitos entre parlamentares; veja vídeo

Participação de Caiado partiu de requerimento feito por Gayer

Postado em: 31-05-2023 às 22h21
Por: Vitória Bronzati
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Governador de Goiás recebeu diversas acusações de trabalho escravo em fazendas da família do governador. (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

Na tarde desta quarta-feira (31), a sessão da CPI do MST foi marcada por intensos debates e conflitos entre parlamentares da base aliada do presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) e da oposição logo nos primeiros minutos. Antes mesmo do início da sessão, as deputadas do PSOL, Talíria Petrone (RJ) e Sâmia Bomfim (SP), apresentaram questões ao Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RJ) sobre as diligências realizadas em São Paulo e os procedimentos adotados durante as sessões.

Durante o depoimento de Ronaldo Caiado, governador de Goiás, parlamentares da esquerda tentaram interrompê-lo diversas vezes. Caiado declarou que o MST não possui uma entidade formalizada e que já recebeu financiamento de organizações europeias. Ele argumentou que o discurso utilizado pela esquerda de ser “defensores dos pobres” não é coerente e enfatizou a importância do Estado na garantia da dignidade humana.

Enquanto Caiado compartilhava suas opiniões e experiências com o movimento, parlamentares tentavam acusá-lo de ser aliado de grileiros e mencionaram acusações de trabalho escravo em fazendas da família do governador. O deputado Nilto Tatto (PT-SP) tentou apresentar uma questão durante a fala, mas não obteve sucesso, pois Caiado afirmou que conhecia o regimento e não interromperia seu discurso.

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Mais tarde, durante a sessão, Líbia Bellusci, militante do MST, interrompeu a sessão ao proferir ofensas contra Caiado. Zucco solicitou que policiais legislativos a retirassem do plenário, mas as deputadas do PSOL intervieram e o presidente da CPI permitiu que a militante permanecesse na sessão.

Veja vídeo da discussão:

Vídeo: Reprodução/Canal Uai no Youtube

O convite para que o governador participasse da sessão partiu de um requerimento feito por Gustavo Gayer (PL-GO) aprovado em sessão da CPI na terça-feira (30). Na justificativa, Gayer afirmou que Caiado iria “enriquecer o debate” da comissão caso estivesse presente. “A presença do governador como convidado na CPI enriquecerá o debate já que no estado de Goiás não conta com nenhuma ocupação do MST”, diz através do requerimento.

Sobre a CPI

Instaurada com o objetivo de investigar possíveis irregularidades relacionadas às ações do movimento, a CPI do MST conta com 27 membros titulares e 27 suplentes e busca esclarecer questões como financiamento, ocupação de terras e utilização de recursos públicos pelo MST. As conclusões da CPI ainda são aguardadas, uma vez que o processo de investigação está em andamento, gerando intensos debates no Congresso Nacional.

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