Quinta-feira, 28 de março de 2024

Daniel Vilela deve ter páreos duros na campanha de 2026

Vice deve enfrentar ex-governador e senadores no pleito para o governo de Goiás

Postado em: 02-06-2023 às 07h31
Por: Francisco Costa
Imagem Ilustrando a Notícia: Daniel Vilela deve ter páreos duros na campanha de 2026
Vice deve enfrentar ex-governador e senadores no pleito para o governo de Goiás | Foto: Divulgação/ Naiara Pontes

Em 2026, Ronaldo Caiado (União Brasil) encerra seu segundo mandato. O governador provou ter apelo entre os goianos a ser eleito e reeleito em primeiro turno. O vice dele, Daniel Vilela (MDB), ainda vai precisar mostrar a que veio e a disputa promete concorrência. 

É cedo – o que todos dizem –, mas uma eleição começa quando termina outra. Neste sentido, os possíveis candidatos já trabalham por 2024, mas pensando em 2026. Dito isso, Vilela pode ter pela frente o ex-governador Marconi Perillo (PSDB), que luta para reerguer o PSDB no Estado; o senador Wilder Morais (PL), que já disse que o partido terá candidato em todas as prefeituras importantes da cidade; e o também senador Vanderlan Cardoso (PSD), que assume o comando estadual da legenda e é cotado para entrar no páreo pelo paço da capital, no ano que vem. 

Daniel segue na busca por fortalecer o MDB. Ele já garantiu o retorno do ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (Patriota, por enquanto), mas articula com outros emedebistas históricos. 

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O prefeito de Catalão, Adib Elias (sem partido), expulso da legenda em 2019 por ter apoiado Caiado em 2018, disse não guardar mágoas. Aliados do gestor afirmam que a volta ao MDB já está encaminhada. 

Ex-prefeito de Formosa Ernesto Roller – expulso, assim como Adib – disse que não pensa em retornar ao contudo. Contudo, não descarta diálogo. Outros nomes que Daniel deve procurar são o prefeito de Rio Verde, Paulo do Vale, e do deputado estadual Renato de Castro, ambos no União Brasil, atualmente. 

Os adversários

Marconi Perillo vem duas derrotas em disputa ao Senado, em 2018 e 2022. O PSDB, nacionalmente e regionalmente, também enfrenta dificuldades. Ainda assim, o tucano segue como líder máximo da legenda e única oposição ao governador Ronaldo Caiado (União Brasil) – vez ou outra trocam farpas pelas redes sociais.

Em 2022, Marconi terminou em segundo lugar na disputa ao Senado – perdeu para Wilder. O resultado, dizem analistas, não foi bom, mas um avanço na redução do desgaste do ex-governador, que terminou em quinto em 2018. A escalada, até 2026, pode empolgar o tucano. Ele, contudo, poderá optar por outro cargo na disputa, até mesmo o de senador, mais uma vez. 

Wilder Morais, o vencedor de 2022, lidera em Goiás o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele pode apostar em um bolsonarismo persistente para emplacar o próprio nome em 2026. Ele ainda estará na metade do mandato e, por isso, não arrisca tanto. 

Já Vanderlan encerra seu mandato de senador em 2026. Se não disputar a reeleição – ou não estiver na prefeitura de Goiânia –, ele pode tentar, mais uma vez, o cargo de governador do Estado. Em 2014, ele terminou em terceiro lugar, atrás de Iris e de Marconi, reeleito naquele ano.

Fácil de acreditar que acontecerá, o PT também deve entrar na disputa. Em 2014, a sigla lançou o deputado estadual e ex-prefeito de Anápolis, Antônio Gomide, que terminou em quarto. Em 2018, a vereadora por Goiânia Kátia Maria, também na quarta colocação, assim como o ex-reitor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), Wolmir Amado, em 2022. A legenda deve apostar no fator Lula para ter um desempenho melhor, apesar de não ter tradição no Estado.

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