Cruz já tem lista de partidos aliados para escolher o vice

“Ainda é cedo”, dizem aliados do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), sobre a possível indicação de um vice-prefeito para a chapa de 2024, quando ele disputará a reeleição. Contudo, o prefeito tem em sua base os partidos Avante, Brasil 35 (PMB), DC, Progressistas (PP), PDT, Solidariedade e PRTB, que podem indicar. Há, ainda, o MDB, mas por parte dos vereadores. E o Republicanos, é claro. 

Vale lembrar, Rogério não tem vice. Em 2021 ele assumiu a prefeitura de Goiânia após a morte do prefeito eleito, Maguito Vilela (MDB). O emedebista faleceu em decorrência da Covid-19. Em abril daquele ano, o MDB deixou a gestão com a saída de 14 secretários municipais, motivados pela insatisfação do partido com mudanças realizadas no secretariado, decretos de paralisação de obras e centralização de poder na secretaria de Governo, então gerida por Arthur Bernardes. 

Naquele momento, o presidente estadual do MDB, Daniel Vilela, afirmou que foi rompido o projeto de governo estabelecido na campanha de 2020. “Começaram a fazer trocas que não haviam sido combinadas e começaram a afetar os trabalhos. Perguntei ao prefeito, que disse serem boatos, mas estes acabaram se confirmando.”

Mas de volta à questão do vice, o PP está bem cotado na gestão de Rogério. O partido indicou o secretário de Educação, Rodrigo Caldas, na última semana. Presidente estadual da legenda, Alexandre Baldy, inclusive, confirmou o apoio e convidou o prefeito para se filiar ao partido para disputar a reeleição. Em fevereiro, quando as conversas começaram, Baldy disse que o Progressistas, inclusive, poderia indicar o vice. 

Nada está confirmado ainda. De acordo com pessoas próximas a Rogério, ele tem dito que quer uma mulher na chapa. “Chegou a comentar sobre o nome de Ana Vitória Caiado na semana passada.” A filha do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) seria um bom nome, sobretudo, para atrair o partido do gestor estadual. 

O PDT também fortalece o projeto de Rogério Cruz em 2024. O prefeito se aproximou do presidente da sigla, o deputado estadual George Morais, e da esposa dele, a deputada federal Flávia Morais – provavelmente, indicarão um nome para a Agência Municipal de Turismo Eventos e Lazer (Agetul). A legenda também poderia compor a chapa, assim como outros partidos. Dificilmente, contudo, haverá uma chapa pura com um vice do Republicanos. 

MDB

Mas se os vereadores do MDB estão com o prefeito, dificilmente o partido o apoiará. Vice-governador, Daniel Vilela trabalha para fortalecer a sigla e isso passa por uma candidatura própria em Goiânia. O ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (Patriota), retornará ao partido a qualquer momento. 

Além disso, Mendanha realizará uma consulta à Justiça para verificar a possibilidade de disputar a prefeitura de Goiânia. O entendimento do judiciário é que ele não pode concorrer, uma vez que esteve em dois mandatos em Aparecida, cidade vizinha a Goiânia, e a disputa na capital seria o terceiro seguido.

Contudo, a tese do ex-prefeito é que houve a desincompatibilização para disputar o governo com menos de um ano e meio de gestão. E, ainda, que ele entraria em uma disputa em cidade maior. A lei vedaria casos de cidades maiores para menores, e não o contrário, acredita.

Mas mesmo que Gustavo não entre na disputa. Existe um entusiasmo em volta do nome de Ana Paula Rezende, filha do ex-prefeito da capital e ex-governador de Goiás, Iris Rezende. Ela tem se mantido distante de declarações nesse sentido, mas os correligionários já acreditam que a possibilidade é forte.