CPI dos atos terroristas aprova plano de trabalho com investigações desde o 2º turno das eleições
O plano foi encaminhado pela relatora, Eliziane Gama (PSD-MA)
Por: Luan Monteiro

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos terorristas aprovou, nesta terça-feira (6/6), o plano de trabalho que institui investigações desde o segundo turno das eleições do ano passado. O plano foi encaminhado pela relatora, Eliziane Gama (PSD-MA).
Nesta quarta-feira (7), o colegiado decidirá pela convocação e convite dos ex-ministros Anderson Torres e general Augusto Heleno. Eles atuaram durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Ministério da Justiça e no Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
O plano de trabalho foi aprovado com 18 votos favoráveis e 12 contrários. O documento é referente aos 180 dias previstos para a atuação da CPMI, que podem ser estendidos.
A Comissão é composta por 16 deputados e 16 senadores e tem a maioria da bancada composta por integrantes da base governistas, que supera a oposição e partidos independentes.
Eliziane afirma que o objetivo do plano de trabalho é reconstruir os caminhos que levaram à depredação do dia 8 de janeiro, começando pelo data do segundo turno presidencial de 30 de outubro. O dia foi marcado por bloqueios de vias no país.
“Apresentamos as linhas gerais de investigação, sem prejuízo de que novos fatos conexos possam vir a ser incluídos nesta relação”, diz o documento.
Os nomes que devem ser ouvidos pela CPMI:
- Adauto Lucio de Mesquita, empresário suspeito de ser financiador
- Ainesten Espírito Santo Mascarenhas, empresário suspeito de ser financiador
- Ailton Barros, ex-major próximo de Bolsonaro
- Alan Diego dos Santos, condenado por participação na explosão de bomba no aeroporto.
- Albert Alisson Gomes Mascarenhas, suspeito de participar dos atos
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF
- Antônio Elcio Franco Filho, coronel e ex-integrante do governo Bolsonaro
- Argino Bedin, empresário suspeito de ser financiador
- Augusto Heleno, ex-ministro do GSI
- Diomar Pedrassani, empresário suspeito de ser financiador
- Edilson Antonio Piaia, empresário suspeito de ser financiador
- Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da PMDF
- Fernando de Souza Oliveira, ex-Secretário Executivo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal
- George Washington de Oliveira Sousa, condenado por participação na explosão de bomba no aeroporto
- Gustavo Henrique Dutra de Menezes, ex-chefe do Comando Militar do Planalto (CMP)
- Jeferson Henrique Ribeiro Silveira, motorista do caminhão-tanque onde foi colocada a bomba
- Jorge Eduardo Naime, ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal
- Jorge Teixeira de Lima, Delegado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF)
- José Carlos Pedrassani, suspeito de ser financiador
- Joveci Xavier de Andrade, suspeito de ser financiador
- Júlio Danilo Souza Ferreira, ex-secretário de segurança do DF
- Leandro Pedrassani, suspeito de ser financiador
- Leonardo de Castro Cardoso, Diretor de Combate à Corrupção e Crime Organizado (Decor) da Polícia Civil do Distrito Federal
- Marcelo Fernandes, Delegado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF)
- Márcio Nunes de Oliveira, ex-Diretor-Geral da Polícia Federal
- Marco Edson Gonçalves Dias, ex-Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República
- Marília Ferreira de Alencar, então Subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal
- Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
- Milton Rodrigues Neves, Delegado da Polícia Federal
- Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra, coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e ex-chefe interino do Departamento de Operações (DOP) da PMDF
- Ricardo Garcia Cappelli, ex-ministro interino do GSI
- Roberta Bedin, suspieta de ser financiadora
- Robson Cândido da Silva, Delegado-Geral da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF)
- Silvinei Vasques, ex-Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal
- Wellington Macedo de Souza, suspeito de envolvimento no episódio da bomba
- Valdir Pires Dantas Filho, Perito da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF)
- Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro