Após fala polêmica em sessão ordinária, Amauri Ribeiro diz que não apoia ataques golpistas em 8 de janeiro
Deputado afirmou que não fez parte e nem aos atentados à democracia brasileira ocorridos em 8 de janeiro
Por: Vitória Bronzati
O deputado estadual Amauri Ribeiro (UB-GO) emitiu uma nota de esclarecimento após repercussão de uma fala sua que gerou polêmica. Na declaração, o parlamentar mencionou a intenção de ajudar a bancar quem estava nos quartéis onde se concentravam bolsonaristas que não aceitavam a vitória do atual presidente Lula na última eleição. No entanto, o deputado afirmou que não fez parte e nem aos atentados à democracia brasileira ocorridos em 8 de janeiro.
Amauri Ribeiro justificou que sua fala se referia à intenção de ajudar pessoas na porta dos quartéis de Goiânia, fornecendo água e comida até o dia 31 de dezembro do ano passado. Ele ainda ressaltou que, em diversas ocasiões na tribuna da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), repudiou os atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro.
Confira a nota:
“Em razão das notícias recentes divulgadas acerca de uma fala do deputado estadual Amauri Ribeiro (UB) na imprensa, o mesmo vem a público esclarecer que não fez parte e não apoia os atentados à democracia brasileira ocorridos no dia 8 de Janeiro. Foi levantada uma distorção por parte da imprensa em sua fala, em que o mesmo se referia a ajudar pessoas na porta dos quartéis do município de Goiânia, com água e comida até o dia 31 de dezembro de 2022. O parlamentar repudia qualquer ligação do seu nome com atentados antidemocráticos acontecidos em Brasília, em que o mesmo não compactua.”
Polêmica
A fala que gerou repercussão ocorreu durante sessão ordinária na terça-feira (6), como um protesto contra a detenção do ex-comandante da Rotam em Goiás, coronel Benito Franco, que foi preso pela Polícia Federal na Operação Lesa Pátria.
O deputado afirmou que a prisão é um tapa na cara de cada cidadão de bem do Estado. “[O coronel] Foi preso sem motivo algum, sem ter feito nada. Eu também deveria estar preso. Eu ajudei a bancar quem estava lá. Pode me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista, eu sou um canalha na visão de vocês. Eu ajudei, levei comida, levei água e dei dinheiro. Eu acompanhei lá e também fiquei na porta porque sou patriota.”
É importante ressaltar que, o coronel Benito Franco, ex-comandante das Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam), foi preso pela Polícia Federal no dia 17 de abril, em Goiânia, durante mais um desdobramento da Operação Lesa Pátria. Nas redes sociais, o coronel Franco costumava expressar suas opiniões políticas. Em uma de suas publicações na na web, ele comparou uma fala do ministro da Justiça, Flávio Dino, a um discurso de Adolf Hitler. No final do ano, o coronel foi denunciado após gravar vídeos ameaçando que “o ladrão não sobe a rampa”.