Quinta-feira, 28 de março de 2024

Quem dará o xeque-mate no tabuleiro político de Aparecida?

Encontros com o tema eleições têm ocorrido em diferentes partes da cidade, e também fora dela

Postado em: 09-06-2023 às 07h48
Por: Felipe Cardoso
Imagem Ilustrando a Notícia: Quem dará o xeque-mate no tabuleiro político de Aparecida?
Alguns deles, inevitavelmente, acabam se tornando públicos. Outros, porém, ficam restritos ao conhecimento de poucos | Foto: Reprodução

O assunto ‘eleições 2024’ nunca esteve tão vivo em solo aparecidense. Lideranças da base e oposição ao prefeito Vilmarzinho Mariano (Patriota) trabalham incansavelmente em busca de apoio para seus projetos políticos do ano que vem. Enquanto o atual gestor tem a missão de garantir novos quatros anos à frente da prefeitura, seus adversários dialogam com o objetivo de impedi-lo. 

Encontros em diferentes partes da cidade, e também fora dela, têm ocorrido. Alguns deles, inevitavelmente, acabam se tornando públicos. Outros permanecem restritos ao conhecimento de poucos políticos.

Na quarta, por exemplo, foi a vez do deputado federal professor Alcides (PL) se movimentar pela cidade. Ele, que ora se porta como candidato, ora como aliado do atual prefeito, esteve justamente com o principal adversário de Vilmarzinho Mariano: o presidente da Câmara Municipal de Aparecida, André Fortaleza (MDB). 

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De lá e de cá

O encontro ocorreu na esteira de uma reunião realizada um dia antes com o prefeito da cidade. O diálogo de Alcides e Fortaleza teve como pano de fundo o programa institucional do deputado intitulado como “Café com Professor Alcides”. Nos bastidores, porém, circula o comentário de que o federal estaria buscando, por fora, o apoio do governador Ronaldo Caiado (UB) – e outras lideranças – para lançar seu nome como candidato do governo na cidade.

Como se não bastasse, é importante rememorar que apesar da silanização de clima amistoso, Alcides e Fortaleza ainda engolem seco o mal-estar de 2022, época em que Fortaleza decidiu apoiar o nome da deputada federal Magda Mofatto (Patriota, à época no PL), e não de Alcides, na corrida ao Congresso Nacional. 

Magda 2.0

Por falar em Magda, a mais recente tacada da parlamentar foi se filiar ao Patriota. De olho no Mais Brasil, que deve nascer de uma fusão entre a sigla e o PTB, Magda deve assumir, em breve, posição de destaque no partido. Espera-se a presidência. 

Vilmarzinho, porém, não deve concorrer pelo partido de Magda. Os indícios apontam no sentido de que ele acompanhe seu líder, Gustavo Mendanha, rumo ao MDB, onde, por sinal, encontrará a resistência de Fortaleza que trabalha para ser o candidato dos emedebistas.

Atirando…

De volta às movimentações dos principais cotados, Vilmarzinho também dá sinais de que tem buscado seu lugar ao sol por meio do apoio de lideranças estratégicas. Ele esteve no final do mês passado, e postou um registro do encontro, com o ex-governador goiano Marconi Perillo (PSDB). A foto, não se sabe porquê, foi retirada minutos depois de suas redes sociais. 

Na legenda estava escrito: “excelente conversa, neste domingo, com o ex-governador @marconiperillo”. Na mesma fotografia também estavam o secretário de Articulação Política, Marlúcio Pereira e o da Fazenda, Eintein Paniago.

Perillo é o principal adversário de Ronaldo Caiado (UB), atual governador de Goiás. Apesar disso, o prefeito se reuniu, um dia depois, com o governador durante assinatura de contrato para obras de saneamento básico em Aparecida.

Terreno escorregadio 

O principal desafio, portanto, fica com o ex-prefeito da cidade Gustavo Mendanha. O político, que recentemente acertou seu retorno ao MDB, tem a árdua missão de unir as duas pontas sob o risco de ver o partido, de novo, rachado. 

Conforme mostrado pela coluna Xadrez, assinada pelo jornalista Wilson Silvestre, se Fortaleza insistir em seu projeto de ejetar Vilmar da cadeira de prefeito em 2024, pode fazer estragos no MDB de Aparecida. 

É isto que Mendanha quer evitar. Se ele não conseguir unir o partido no município, sua liderança será arranhada. Fortaleza tem dito que, se preciso for, pode até deixar o MDB ou, em última instância, levar a disputa para a convenção partidária. Ele dá mostras que é “osso duro de roer” e não poupa críticas a Vilmar Mariano.

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