Depois de Lula, PT vai à China discutir com Partido Comunista Chinês

País asiático avança com política externa de seu líder Xi Jinping

Postado em: 15-06-2023 às 08h04
Por: Yago Sales
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País asiático avança com política externa de seu líder Xi Jinping | Foto: Reprodução

Enquanto a delegação goiana – com 29 integrantes -, sob o comando do vice-governador, Daniel Vilela (MDB), já faz acordos com empresários, diplomatas e políticos chineses, um grupo formado por 20 representantes da Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), desembarca na China menos de três depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Esse intercâmbio faz sentido: a China tem se esforçado para atrair a atenção, por meio de sua bem-sucedida política de eficiência em administração de recursos públicos e incentivos privados, principalmente na questão de infraestrutura e tecnologia. 

É bom discutir essa relação diplomática para entender que vai além de um interesse de acordos comerciais. O Partido Comunista da China, que detém  poder absoluto na política local, conseguiu, com a ida de Lula em abril, uma promessa: enviar membros do partido para que, claro, além de apresentar-lhes a pujança tecnológica e econômica, a forma de gestão do partido. 

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Desde 1950, como lembrou, em coluna do jornal O Globo, Marcelo Ninio, a China reforça laços com grupos que têm alguma afinidade ideológica. E, para eles – o que é ótimo para relações comerciais e diplomáticas – Lula é um bom representante do jeito de o país asiático conduzir a política. Evidente que o Brasil sob Lula é uma democracia amadurecendo aos poucos, que, mesmo com os auspícios de um grupo insano, se restabelece a cada pleito eleitoral. 

A comitiva do Partido dos Trabalhadores vai ser chefiada pelo secretário-geral nacional da legenda de Lula, Henrique Fontana. Além de dirigentes, também está no país comunista o senador pernambucano Humberto Costa. 

Pelo Twitter, Costa comemorou o encontro que teve com o ministro Lui Jianchao e outros membros do Governo Chinês. “Discutimos o desenvolvimento sustentável e a valorização dos trabalhadores. Seguiremos estreitando laços com a China, país que é o 3º maior parceiro comercial do Brasil”, escreveu o senador. 

Já na missão à China comandada pelo vice-governador Daniel Vilela, além dele, estão o presidente da Acieg, Rubens Fileti, o presidente da Adial, Edwal Portilho, o presidente da ASBM, Luiz Fernando Guimarães, o presidente da Juceg, Euclides Barbo, o deputado estadual Veter Martins, o secretário de Relações Internacionais do governo de Goiás, Giordano Souza, assessor da Vice-Governadoria Euler Morais e os empresários Getúlio Faria, Erenice Guerra e Mesquita. E, também, os secretários de Aparecida, Felismar Martins (Indústria e Comércio), Einstein Paniago (Fazenda). 

O estreitamento dessas relações se configuram em números. A China alcança 56% das exportações de produtos de Goiás. A comitiva fez uma reunião na embaixada do Brasil com investidores e executivos de diferentes setores, onde os chineses conversaram com os empresários goianos. 

O país asiático é destino de 56% de todas as exportações goianas, com destaque para as commodities. No entanto, eles também desejam avançar em outras áreas, como energias renováveis, construção civil, tecnologia e inovação. 

Para o vice-governador do Estado, Daniel Vilela, os números revelam a importância da visita à China.  “Goiás tem feito o dever de casa nos últimos quatro anos, equilibrando as contas, e está pronto para fazer negócios com o mundo, não apenas no setor agrícola, mas também na nova industrialização, que tem sido o foco de atuação do vice-presidente Alckmin”, disse Vilela.

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