Mudança de nome de Aparecida teria mesmo problema da Av. Castelo Branco, diz Mendanha

Avenida de Goiânia enfrenta resistência de comerciantes e alteração foi suspensa após judicialização

Postado em: 15-06-2023 às 08h32
Por: Francisco Costa
Imagem Ilustrando a Notícia: Mudança de nome de Aparecida teria mesmo problema da Av. Castelo Branco, diz Mendanha
Avenida de Goiânia enfrenta resistência de comerciantes e alteração foi suspensa após judicialização | Foto: Prefeitura de Aparecida

Ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha avalia que a alteração do nome da cidade para a Aparecida, conforme projeto do deputado estadual Paulo Cezar Martins (PL), geraria o mesmo problema da Avenida Castelo Branco para Agrovia Iris Rezende Machado: os custos à população para as alterações.

No caso da via da capital, a lei proposta pelo então vereador Clécio Alves (Republicanos), hoje deputado estadual, foi aprovada pela Câmara Municipal em novembro, sancionada pela prefeitura enquanto o presidente do legislativo, Romário Policarpo (Patriota), era prefeito em exercício. Depois, ela foi suspensa pela Justiça, em fevereiro. 

À época, a juíza Jussara Cristina de Oliveira Louza acatou, liminarmente, pedidos de associações e sindicatos de comércio. Segundo ela, o projeto de modificação no nome da via foi proposto sem apresentação de abaixo-assinado de residentes e comerciantes da Avenida Castelo Branco.  “Tanto é que o respectivo relator do projeto, vereador Willian Veloso (PL), manifestou-se pelo arquivamento do mesmo, em razão da ausência do cumprimento de tal exigência legal.”

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Além disso, a maioria dos comerciantes que atuam na via, de cerca de 7,5 km, são contrários à mudança. Ainda assim, nesta semana, Clécio disse, durante sessão da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), que levará ao presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), Carlos França, um documento com a assinatura de todos os parlamentares para rever a liminar. 

Aparecida

Paulo Cezar Martins irá à Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia para debater o tema nesta quinta-feira (15). O texto dele ainda tramita na Assembleia, mas ele quer ouvir a opinião dos vereadores. Na justificativa, ele diz que o nome atual “não é consenso entre os moradores do município, visto que proporciona uma identificação com Goiânia, impedindo a cidade de Aparecida de ter sua própria identidade”. Ele afirma, ainda, que “é imprescindível que, antes da aprovação desta matéria, seja realizado um plebiscito com a população, a fim de debaterem sobre a alteração em questão”.

Mas de volta a Mendanha, o ex-prefeito diz que a cidade, hoje, possui um nome “razão social” e outro “fantasia”. Ele lembra que na gestão de Maguito Vilela (MDB) e também na dele, já se utilizava a logo Aparecida, sem o “de Goiânia”. 

Questionado se o próprio município poderia fazer a alteração de plagas e logradouros, caso o nome mudasse, ele diz que sim, mas que isso não seria prioridade diante de demandas como Saúde, Educação e mais. 

De fato, o atual prefeito, Vilmar Mariano (Patriota), pensa semelhante. “Por ora, o Poder Executivo municipal está concentrado em promover o desenvolvimento da centenária Aparecida e a qualidade de vida de quem vive aqui. Independente da nomenclatura da cidade que possui cerca de 600 mil habitantes, a gestão do prefeito Vilmar Mariano tem compromisso com o processo de transformação iniciado pelo saudoso prefeito Maguito Vilela e prosseguido com excelência pelo ex-prefeito Gustavo Mendanha”, disse em nota.

De fato, o município é comumente chamado nas rodas de conversa apenas por Aparecida. Como se fosse um “apelido” para a “cidade-irmã” de Goiânia, que é também o segundo maior município do Estado, bem como segundo maior colégio eleitoral. Poucos são os que dizem o nome completo da cidade, pelo menos pela região.

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