Segunda-feira, 08 de julho de 2024

PTB permanecerá na base de Rogério Cruz, caso fusão com Patriota não se concretize

“Atualmente não existe nenhuma sinalização contrária a isso. O clima está pacificado”, garante a presidente metropolitana petebista, vereadora Gabriela Rodart

Postado em: 16-06-2023 às 08h35
Por: Francisco Costa
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“Atualmente não existe nenhuma sinalização contrária a isso. O clima está pacificado”, garante a presidente metropolitana petebista, vereadora Gabriela Rodart. | Foto: Reprodução

O PTB ainda é o PTB. Explicamos. O partido está em processo de fusão com o Patriota para se tornar o Mais Brasil. Contudo, desde o começo do ano aguarda a homologação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e nem mesmo a presidente metropolitana da sigla, Gabriela Rodart, sabe precisar uma data para a efetivação. 

Ela, todavia, garante que o PTB, se por algum motivo ainda for um partido independente em 2024, estará na base do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos). “Caso a fusão não aconteça e o PTB fique separado, o partido continuará na base do Rogério. Atualmente não existe nenhuma sinalização contrária a isso. O clima está pacificado. Eu também não tenho resistência em permanecer na base.”

Vale citar, Rodart faz parte do grupo vanguardista da Câmara Municipal de Goiânia como vice. Este é composto por cinco parlamentares: ela, Lucas Kitão (PSD), Igor Franco (Solidariedade), Paulo Magalhães (União Brasil) e Welton Lemos (Podemos). Atualmente, este grupo seria base do prefeito.

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Conforme mostrado pela reportagem do O HOJE, desde dezembro do ano passado um dos objetivos da prefeitura de Goiânia era atrair para sua base o grupo de vereadores. 

O desejo dos vereadores, que desde então agem de maneira conjunta, era encontrar um rumo a partir do retorno das atividades legislativas, em fevereiro deste ano. A decisão entre base e oposição, no entanto, foi acertada tardiamente. A princípio, o grupo figurava como frente oposicionista. Depois, precisamente com a chegada de Jovair Arantes ao comando da Secretaria de Governo (Segov), seus membros adotaram um discurso de “vereadores independentes”. Agora, figuram, sem qualquer discrição, como base. 

Apesar do desejo de outros parlamentares em chegarem ao grupo, Franco acredita que cinco seja o número ideal de componentes. “Temos cinco pessoas alinhadas e comprometidas com as decisões conjuntas que tomaremos daqui para frente. Creio que esse seja o número ideal. Não descartamos a possibilidade de novos integrantes, mas pela experiência que tenho, acredito que ficaremos realmente só com esses cinco vereadores. O que vejo como ideal e suficiente”.

Último acerto

Em 31 de maio, Lucas Kitão aderiu ao grupo. À época, ele disse que a chegada ao bloco diz respeito a uma “questão legislativa” e fortalece o time formado pelos quatro vereadores. Além disso, ele reforça que se trata de uma sinalização de que ele “pode” ingressar na base do prefeito Rogério Cruz, ou seja, ele não bate o martelo quanto isso, apesar do colegiado ser visto desta forma. 

“Nosso ingresso ao bloco fortalece tanto o nosso trabalho na Câmara que também pode se materializar num ingresso à base. Nesse primeiro momento, se trata da entrada num bloco Legislativo, apoio à base é uma questão que será tratada em um segundo momento”, pontua o vereador.

A declaração do parlamentar, no entanto, vai na contramão das informações repassadas à reportagem do O HOJE pelo idealizador e líder do bloco na Casa, vereador Igor Franco. O parlamentar afirmou sem titubear que “os cinco são base”. 

“O prefeito atendeu todas as demandas e reivindicações. Estamos resolvendo os problemas dos setores de cada uma das nossas lideranças. Já foram autorizadas obras, já houve o cumprimento de emendas, tivemos demandas do gabinete destravadas, enfim, todos estão contemplados e fazem parte, agora, da base do prefeito Rogério Cruz na Casa, inclusive o Kitão”, destacou. 

Fusão

A fusão do Patriota com o PTB, iniciada no fim do mês de outubro de 2022, foi confirmada, à época, pelo próprio presidente estadual petebista, Eduardo Macedo. Esta, contudo, depende de homologação do TSE.

Vale citar, o Patriota elegeu mais nomes na Câmara Federal – foram 4 a 1. Com isso, fez exigências, como a que os ex-deputados federais Roberto Jefferson, Cristiane Brasil e Eduardo Cunha não façam parte da nova sigla. 

O Mais Brasil também poderá chamar Partido Renovação Democrática (PRD). Segundo Jorcelino, o nome foi enviado como segunda opção, caso houvesse algum problema com o primeiro. No site oficial do Patriota também consta a justificativa. A nota é assinada pelo presidente nacional do Patriota, Ovasco Resende.

“A fim de prestigiar e prontamente atender recente entendimento do tribunal, que em outro registro partidário se manifestou contrário à utilização do termo ‘Brasil’ e, também, para evitar novos partidos com nomes muito parecidos, foi realizado nova convenção nacional para avaliar e aprovar, estritamente, um nome alternativo para o ‘Mais Brasil’. Portanto, foi aprovado a sigla ‘Partido Renovação Democrática – PRD’ como segunda opção, de forma alternativa, ficando a critério do TSE a ratificação da nomenclatura que melhor se adeque ao entendimento do Tribunal no momento da homologação da nossa fusão.”

Em relação ao número, a nova legenda adotará o 25, que pertenceu ao DEM. Vale lembrar, o DEM se fundiu ao PSL, que utilizava o número 17, em fevereiro de 2022. A junção se tornou o União Brasil, partido do governador Ronaldo Caiado e que tem nas urnas os dígitos 44.

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