Petistas acreditam que chapa Accorsi e Ana Paula seria “imbatível”

Possibilidade de composição, mesmo que pequena, entusiasma correligionários e articuladores que já trabalham de olho nas eleições de 2024

Postado em: 17-06-2023 às 10h00
Por: Francisco Costa
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A compreensão é que Adriana Accorsi tem se destacado em levantamentos que o partido teve acesso. Isto, individualmente | Foto: Reprodução/Internet

Alguns nomes tradicionais do PT não só acreditam que a deputada federal Delegada Adriana Accorsi (PT) poderia compor chapa com a filha do ex-prefeito Iris Rezende, Ana Paula Rezende (MDB), para o paço de Goiânia, como veem a união como praticamente imbatível para 2024. Destaca-se, nenhuma das duas confirma intensão de disputar – o que não quer dizer nada, na verdade. 

Adriana Accorsi já foi mais contundente em dizer que permaneceria na Câmara Federal até o fim do mandato. Em alguns momentos, nos últimos tempos, ela já admitiu certa flexibilidade. Partidários com quem o Jornal O Hoje conversou sugerem que essa possibilidade já é mais clara. Ela, inclusive, já disputou por duas vezes o pleito, tendo terminado em terceira, em 2020.

Ana Paula, por sua vez, também diz estar cedo para qualquer conversa sobre disputar a prefeitura. Ela, contudo, já teve encontros com vereadores da legenda na capital – que saíram animados – e com o presidente estadual do MDB, o vice-governador Daniel Vilela. 

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O entendimento das fontes ouvidas pelo veículo de comunicação é por cautela. Segundo elas, o suspense é a “jogada” certa. Um anúncio antecipado seria virar vidraça para os adversários. Trata-se de estratégia – tão utilizada, inclusive, por Iris Rezende. 

Mas sobre a força da chapa, a compreensão é que Adriana Accorsi tem se destacado em levantamentos que o partido teve acesso. Isto, individualmente. Somada a Ana Paula, a congressista se tornaria um grande player. Pela frente, elas podem ter nomes como o do prefeito Rogério Cruz (Republicanos), do senador Vanderlan Cardoso (PSD), do deputado federal Gustavo Gayer (PL) e outros. Eleição pesada.

Vice

O partido, claro, acredita que Ana Paula toparia ser vice de Adriana. A avaliação é que a história de Accorsi é robusta e a filha de Iris, apesar da força do nome, ainda não tem a mesma experiência. 

Uma fonte, contudo, pensa que essa composição não se repetiria caso o ex-reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Edward Madureira (PT), fosse o postulante da legenda ao paço. Neste caso, Ana, se realmente se unisse ao partido, talvez exigisse a cabeça de chapa. 

Vale lembrar, o ex-reitor da UFG e também suplente de deputado federal esteve com Ana Paula Rezende no fim e abril. Já naquela época, a visita foi vista nos bastidores como uma busca por aproximação do PT e MDB pelo paço de Goiânia. Edward já se assume como pré-candidato do Partido dos Trabalhadores. 

Presidente do PT

A presidente estadual do PT, a vereadora por Goiânia Kátia Maria já disse ao O Hoje que o partido deverá ter um nome na disputa pela prefeitura da capital. A legenda, contudo, ainda inicia as conversas para o ano que vem. O processo petista costuma ser um pouco mais lento, com ampla participação dos filiados.

Segundo ela, a expectativa é de uma grande frente. Isto, porque todos os partidos da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abrirão precedente para conversas e, quem sabe, composição. “Por isso essa eleição deve ter um perfil diferenciado. Por causa da aliança federal”, acredita.

Sobre o MDB, ela garante que tem bom relacionamento com os colegas de Câmara municipal. Ainda assim, deixa claro que o PT terá nome e projeto. “Existe um sentimento do partido ter candidatura.”

E o MDB?

Apesar dos anseios do PT – e da composição já ter ocorrido em tempos passados com Iris e Paulo Garcia (PT) –, hoje pode não ser tão fácil essa aliança. O MDB caminha com o União Brasil no governo do Estado. 

Daniel Vilela, que almeja suceder o governador Ronaldo Caiado (União Brasil), já deu sinais que quer uma chapa MDB-União – ou o contrário. O gestor estadual, apesar de manter relacionamento republicano com o presidente Lula (PT), tem aspirações na esfera federal, em 2026, e, em 2024, pode querer a força da capital. 

Há, ainda, a possibilidade do ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (Patriota, mas em breve MDB), conseguir, por meio de consulta jurídica, autorização para concorrer na capital. Nome forte, ele não se aliaria ao PT. Vale lembrar, em 2022 ele fez campanha para o então presidente Bolsonaro (PL).

Em política, muito é possível. Não tudo. Resta saber até onde vai chegar essa articulação.

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