Eliton quer novos atletas de Goiás

O governo lançou ontem a Faculdade do Esporte com equipamentos técnicos capazes de formar atletas de alto rendimento

Postado em: 22-06-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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O governo lançou ontem a Faculdade do Esporte com equipamentos técnicos capazes de formar atletas de alto rendimento

Rafael Oliveira*


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O governador José Eliton (PSDB) lançou ontem a UEG – Faculdade do Esporte Eseffego -, uma das instituições de ensino superior públicas pioneiras no País a investir na formação de atletas de alto rendimento em diversas modalidades esportivas. “Fico feliz em plantar essa semente com o olhar voltado para o futuro. Que aqui possa se tornar um referencial em preparação de atletas”, afirmou o governador. 

“O lançamento da UEG Eseffego é um passo consolidando uma das faculdades mais importantes do Brasil. Fico orgulhoso de ter criado a UEG há quase 20 anos atrás”, disse o ex-governador Marconi Perillo (PSDB). 

A atleta do vôlei Hélia Souza, conhecida como Fofão, disse que o centro instalado é de excelência. “O nome faz jus. Está de parabéns”, afirmou. Já a atleta Thaissa Presti disse que “vai ser bom para as crianças, alunos e atletas. Como atleta só tive acesso a uma estrutura dessas assim após as Olimpíadas”.

A direção da UEG já aprovou a execução do Programa de Alto Rendimento, que tem como coordenador o professor Thiago Vilela. Ele está intermediando tratativas com o coordenador do Núcleo de Alto Rendimento (NAR) de São Paulo, Irineu Loturco, para fazer intercâmbio com a Faculdade do Esporte.

“O NAR é um instituto privado, auto-sustentável, com sede em São Paulo, referência em formação de atletas, tanto é que 80% dos atletas olímpicos e paraolímpicos do Brasil passaram por lá, com evolução exponencial. Nós queremos desenvolver o mesmo modelo aqui em Goiás”, disse Vilela. 

O reitor da UEG, Haroldo Reimer, avalia que um equipamento dessa grandeza tornará Goiânia uma potência no esporte de alto rendimento. “A expectativa é que, com os trabalhos, possamos identificar e lapidar talentos, que no futuro estarão na elite do esporte nacional”, explicou Reimer. 

O professor explicou que o objetivo é mostrar para as crianças e adolescentes que Goiás tem capacidade de gerar atleta de alto rendimento, de despertar neles esse interesse. 

A Faculdade do Esporte une todo o potencial cientígico-tecnológico da UEG Campus Eseffego à estrutura de ponta instalada no Centro de Excelência do Esporte, localizado na Avenida Paranaíba, local estratégico para facilitar o acesso de estudantes e atletas. 

O Centro de Excelência do Esporte é composto pelo Estádio Olímpico, Laboratório de Capacitação e Pesquisa, Ginásio Rio Vermelho e por um Parque Aquático. O local possui toda a estrutura física e equipamentos tecnológicos para formar atletas de alta performance e professores capacitados. 

A Eseffego UEG já conta com cerca de 800 alunos de três graduações, licenciatura e bacharelado em Educação Física e bacharelado em Fisioterapia. Também são ofertadas quatro especializações: Fisioterapia Esportiva, Movimento Humano, Educação Física Escolar e Metodologia do Treinamento Esportivo de Alto Rendimento. (*Especial para O Hoje)

 

Orçamento impositivo prevê R$ 220 milhões para emendas de deputados 

Venceslau Pimentel*

Por iniciativa da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, começou a tramitar ontem a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que institui o orçamento impositivo, que obriga o governo do Estado a destinar parte da receita corrente líquida ao atendimento de emendas parlamentares.

Caso o percentual seja confirmado em 1,2% – a uma previsão orçamentária de cerca de R$ 22 bilhões para 2019 – caberá ao conjunto dos 41 deputados ao menos R$ 220 milhões. A PEC, que altera o artigo 111 da Constituição Estadual, foi apresentada pelo presidente José Vitti (PSDB), e subscrita por todos os parlamentares.

Vitti explicou que a proposta não fixou valores, mas apenas o percentual das emendas a ser cumprido pelo chefe do Executivo, com previsão de aplicabilidade de 70% em relação às vinculações constitucionais em saúde, educação e ciência e tecnologia. Segundo ele, a previsão sobre o que estabelece a PEC constará da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2019, em tramitação na Casa e, consequentemente, da Lei Orçamentária Anual (LOA), que chega à Assembleia em setembro.

Relator da LDO, Talles Barreto (PSDB) destacou ontem a importância para os deputados e ao Poder Legislativo como um todo, da instituição do orçamento impositivo. “São valores significativos. Vamos poder atender as reivindicações dos nossos municípios. É um marco para este poder”, classificou Barreto.

O tucano destacou a articulação de José Vitti para que a PEC fosse apresentada agora. “O senhor foi um defensor disso, e levantou essa bandeira quando se candidato a presidente desta casa, que agora vira realidade”.

Para o deputado petista Luis Cesar Bueno, se for garantido ao menos 1% da receita corrente liquida, já será uma conquista para a autonomia da Assembleia. Isaura Lemos (PCdoB) também fez questão de elogiar a postura da Mesa Diretora.

No ano passado, o plenário rejeitou a PEC apresentada pelo deputado Henrique Arantes (PTB), que instituía o orçamento impositivo. A proposta previa o percentual de 1,2%, aplicado da seguinte maneira: 0,6% em 2018; 0,8% em 2019; 1,0% em 2020; e 1,2% em 2021.

No Congresso Nacional, 1,2% da receita corrente líquida é aplicado para atender as emendas parlamentares (de deputados federais e senadores), conforme prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo. Metade desse percentual (0,6%) é destinada a ações e serviços públicos de saúde.

Por conta dessa discussão, que envolveu todos os deputados, Vitti salientou que a aprovação da PEC é irreversível, ao final de dez sessões, como prevê o Regimento Interno da Casa. Como o recesso parlamentar deve começar na próxima semana, a votação do projeto ficará para o segundo semestre. (*Especial para O Hoje) 

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