Em Paris, Lula participa de cúpula sobre pacto financeiro entre países

A agenda do presidente ainda prevê reuniões separadas com lideranças políticas no seu último dia na Europa

Postado em: 23-06-2023 às 12h41
Por: Mariana Fernandes
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A agenda do presidente ainda prevê reuniões separadas com lideranças políticas no seu último dia na Europa | Foto: Divulgação/ Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta sexta-feira (23) em Paris, de uma cúpula organizada pelo governo francês para discutir um novo pacto financeiro global. A agenda do presidente contou com reuniões separadas com lideranças políticas no seu último dia na Europa.

Lula e Emmanuel Macron, presidente francês se encontraram no Palácio do Eliseu na parte da tarde. Entre as diferentes propostas sobre a mesa, estão a reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI) e de bancos multilaterais de desenvolvimento, como o Banco Mundial; o problema de endividamento de países mais vulneráveis e que tiveram sua situação econômica agravada por conta da alta da inflação e dos juros; a taxação do comércio marítimo e uma maior mobilização do setor privado nos desafios globais.

O principal objetivo da cúpula é formar uma coalizão para dar um impulso político a discussões que já vêm ocorrendo no âmbito de organizações como o G20. O evento que dura dois dias, realizado no prédio onde funcionava a antiga bolsa de valores de Paris, construído a pedido de Napoleão Bonaparte, terá a presença do presidente Lula, do chanceler alemão, Olaf Scholz e de diversas autoridades, como o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, e a secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, além de representantes de instituições financeiras, empresas e ONGs.

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Fonte avalia que encontro foi uma forma de pressionar sobre o G20, já que a cúpula em Paris terá mais representantes de países devedores. A China, que é a principal credora, detém atualmente uma parcela significativa das dívidas desses países. Ao contrário do Clube de Paris, que cancelou parte das obrigações financeiras de nações altamente endividadas, o país asiático opta por analisar cada caso individualmente. Os países ricos, por sua vez, consideram necessário progredir rapidamente nesse aspecto. Além disso, há outro ponto de conflito com a China relacionado aos bancos de desenvolvimento regionais.

Entre os resultados possíveis da cúpula, esta os US$ 100 bilhões por ano prometidos pelos países ricos em 2009 para ajudar os países do Sul a lutar contra as mudanças climáticas. O cumprimento dessa medida poderá talvez ser anunciado na reunião em Paris.

A sexta-feira foi o último dia de compromissos de Lula na Europa, sendo a terceira viagem que faz ao continente desde o início deste mandato.

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