Caso repita últimos anos, Câmara de Goiânia renovará mais de 60% em 2024

Para garantir a permanência o vereador precisa trabalhar pela manutenção da base, diz cientista político

Postado em: 27-06-2023 às 09h45
Por: Francisco Costa
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Câmara de Goiânia pode renovar de 60% a 65% com às eleições de 2024 | Foto: Reprodução

Muito se fala sobre a eleição para o paço municipal de Goiânia, em 2024. O pleito, contudo, também é marcado pela disputa à Câmara de Goiânia. E a corrida de vereadores da capital é marcada pela alta renovação na Casa de Leis. Quanto irá renovar no ano que vem só é possível especular.

Com base nos últimos anos, todavia, é possível ter uma ideia. De 2012 para 2016, por exemplo, a renovação foi de aproximadamente 65% – a conta se baseia nos eleitos e não em quem estava no mandato no fim do período legislativo. Foram diversas caras novas como Sabrina Garcêz, Lucas Kitão, Jorge Kajuru e outros.

Inclusive, o hoje senador Jorge Kajuru (PSB) – eleito senador em 2018 – foi o recordista de votos da história da capital com 37.796 eleitores, um fenômeno – para se ter ideia, o mais votado de 2020 foi Isaias Ribeiro (Republicanos), com 9.323 confirmações nas urnas.

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Já em 2016 para 2020, a renovação foi quase de 63%. Assim como ocorreu em no pleito anterior, diversos nomes não conseguiram se reeleger, mas alguns ascenderam de cargo. Como por exemplo, o próprio Kajuru que foi eleito para o Senado.

Mas para citar alguns outros exemplos, a vereadora Dra. Cristina tentou a prefeitura de Goiânia, em 2020. Rogério Cruz (Republicanos) saiu como vice de Maguito Vilela (MDB) e se tornou prefeito com o falecimento precoce do emedebista em decorrência da Covid-19.

Há, ainda, Vinícius Cirqueira, Alysson Lima e Delegado Eduardo Prado que garantiram cadeiras na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), em 2018. Já Elias Vaz conseguiu ocupar o cargo de deputado federal.

Dito isto, e seguindo a mesma variação, a Câmara de Goiânia pode renovar de 60% a 65%. Representa a permanência de 10 a 13 dos 35 legisladores do parlamento goianiense – em relação aos que foram eleitos.

É difícil dizer, neste momento, mas alguns nomes já foram citados como possibilidades na disputa pela prefeitura de Goiânia, no ano que vem. Já seriam baixas automáticas que contribuirão para a renovação. São eles: o presidente da Casa, Romário Policarpo (Patriota), Sabrina Garcêz (Republicanos) e Aava Santiago (Aava).

Além deles, Mauro Rubem (PT) e Clécio Alves (Republicanos) não entrarão no páreo, uma vez que foram eleitos deputados estaduais e estarão no meio do mandato. Há, ainda, alguns parlamentares cassados por irregularidades na cota de gênero, como Marlon Teixeira, Santana Gomes e Bruno Diniz.

Avaliação

Cientista político e professor, Marcos Marinho avalia o que pode gerar mais ou menos renovação no pleito. “O voto para vereador é de proximidade. É preciso criar uma base com o grupo que quer representar, seja bairro ou segmento. Então, é uma disputa muito grande, com muita gente, pessoas fazendo diversas atividades que fazem esses trabalhos.”

Segundo ele, às vezes, quem está no mandato negligencia a manutenção do relacionamento com a base. “Aí a fatura chega.” Além disso, ressalta que a renovação não quer dizer nomes inéditos. “Às vezes a pessoa sai e volta, ocorrem muitas trocas. Às vezes sai pai, entra filho.”

Ele pontua, inclusive, que o ano que vem será pesado, com muitos querendo retornar à Casa. “Então, quem ainda não começou a trabalhar terá muita dificuldade.” Questionado sobre a porcentagem de renovação, ele acredita que esta seguirá o mesmo índice dos últimos anos.

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