Presidente da CEI da Comurg quer fim das oitivas e relatório deve ficar para agosto

Conforme mostrado pelo O HOJE em maio, relatório deve ser elaborado no sentido de apontar mais soluções do que culpados

Postado em: 27-06-2023 às 09h15
Por: Felipe Cardoso
Imagem Ilustrando a Notícia: Presidente da CEI da Comurg quer fim das oitivas e relatório deve ficar para agosto
Em maio, vale lembrar, O HOJE mostrou o descompasso em relação à entrega do relatório final | Foto: Reprodução

A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) caminha para o fim. Há meses, a percepção é que já não há clima para levar os trabalhos adiante. Isso, não apenas pela reaproximação entre Executivo e Legislativo — haja vista que, nos bastidores, a CEI foi lida, logo que instalada, como uma forma de pressionar a gestão Cruz —, mas também pelo fato de terem esgotado o assunto, sob risco de incorrerem em desvio de finalidade caso prolonguem a discussão. 

O fim das oitivas será proposto por meio de requerimento assinado pelo presidente do grupo, vereador Ronilson Reis (Podemos), na próxima quarta-feira, 28. Só depois disso é que o relator, Thialu Guiotti (Avante) deve intensificar o trabalho tendo em vista a conclusão de seu relatório. Por ora, o relator abriu espaço para que os demais membros apresentassem seus pareceres. 

Guiotti informou aos colegas, durante o encontro da última segunda-feira, 26, que está “começando a montar seu relatório”. “Minha equipe já analisou mais de 4.500 páginas, fora o material das oitivas que participamos aqui. Meu intuito agora é abrir um prazo para que os senhores apresentem o que quiserem sugerir. Acho de suma importância essa participação”, disse. 

Continua após a publicidade

E completou: “Não acredito que o relatório fique pronto até o dia 30. Temos, hoje, seis advogados produzindo um relatório muito denso. Penso que devamos aprovar o encerramento das oitivas e só então marcar um prazo de 20 ou 30 dias depois para a apresentação do relatório”. 

Ronilson, por sua vez, disse acreditar que o relatório de Guiotti deve ser concluído em “meados de agosto”. Já o vereador Welton Lemos (Podemos) apoiou a ideia de encerrar as sabatinas. “Queremos contribuir com a Comurg e entregar a seus trabalhadores uma gestão mais justa e saudável. Vejo que nosso trabalho foi cumprido, nossa missão foi cumprida”, pontuou. 

Os últimos dois depoentes previstos não apareceram. Tratam-se de dois fornecedores da Companhia proprietários de duas empresas distintas, porém, casados. “São Duas empresas diferentes no nome dos dois, e nenhum deles compareceu. Outros vieram aqui e foram ouvidos com a maior gentileza da nossa parte. Vejo um tanto quanto estranho não querer comparecer na para prestar depoimento. Não estamos aqui para incriminar ninguém, queremos trazer apenas elucidações”, disse o presidente. 

Os trabalhos da última terça-feira, porém, foram suspensos em decorrência da oitiva com o secretário de finanças de Goiânia, Vinicius Henrique Pires, que comparecerá à comissão de finanças da Câmara Municipal no mesmo horário dos trabalhos da CEI. 

Em maio, vale lembrar, O HOJE mostrou o descompasso em relação à entrega do relatório final. Apesar da dilatação do prazo, nos bastidores a informação permanece a mesma: o relatório não deve apontar culpados, e sim focar no apontamento de soluções para os problemas da Companhia. 

Em outro trecho, ele chamou atenção não apenas para o fato de se apontar culpados, mas também de apontar caminhos, soluções, para os problemas da Comurg. “Não é aquilo que as pessoas querem ouvir mas aquilo que de fato existe. Além do meu relatório apontar os culpados para quem o mais importante do que isso será apresentar soluções. Se pegarmos os últimos 15 anos tivemos presidentes e diretores que saíram de lá presos. Resolvemos o problema da Comurg? Não. Tão importante quanto punir culpados é apontar soluções. 

Veja Também