Campos Neto é convidado ao Senado para falar sobre juros

O requerimento de convite foi aprovada na tarde desta terça-feira (27/6)

Postado em: 27-06-2023 às 15h09
Por: Luan Monteiro
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O requerimento de convite foi aprovada na tarde desta terça-feira (27/6). | Foto: Agência Brasil

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, foi convidado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado para falar sobre a taxa básica de juros, a Selic. O requerimento de convite foi aprovada na tarde desta terça-feira (27/6).

Por se tratar de um convite, o presidente do BC não é obrigado a comparecer. O requerimento é de autoria do senador Randolfe Rodrigues, líder do governo no Congresso.

“Não podemos mais ficar parados vendo esses juros frearem o desenvolvimento do país”, disse o senador ao apresentar o requerimento.

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O convite ocorre dias após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa básica de juros em 13,75% ao ano. O Banco Central explicou que o processo de desinflação no Brasil teve velocidade maior em um estágio inicial, porém, no momento, ocorre de forma mais lenta, o que, segundo o banco, demanda “serenidade e paciência na condução da política monetária”.

Campos Neto tem mandato na Presidência do Banco Central até 2024. Ele vem sendo alvo de críticas constantes por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de membros do governo.

Nesta terça-feira (27), Lula voltou a criticar o presidente do BC. “Há uma média, não sei o total, de 10% de juros ao ano. É caro. É muito caro. Esse juros poderia ser mais barato. Mas é que tem um cidadão do Banco Central, que a gente não sabe quem pôs ele lá, que faz o juros ser 13,75%”, disse o presidente.

Ainda nesta terça, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, defendeu a convocação de Campos Neto no Senado caso não haja um corte nos juros em agosto, data em que está marcada a próxima reunião do Copom.

“Me despindo aqui dois minutos da minha função de ministra e voltando ao momento em que fui senadora, eu num caso desses, sem dúvida nenhuma, convocaria o presidente do Banco Central. Mas não acredito que vai ser necessário”, disse.

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