MDB vai definir 2024 em Aparecida, avaliam lideranças

Vilmar Mariano não quer contrariar e vai trazer de volta à gestão Davi Mendanha, que deve assumir Secretaria de Desenvolvimento Social

Postado em: 01-07-2023 às 08h45
Por: Yago Sales
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Com a reaproximação com Daniel, Mendanha e Vilmarzinho podem se filiar em meados de julho ao MDB | Foto: Divulgação

Vilmar Mariano pode “ganhar com os pés nas costas” caso seja, de fato, o candidato à reeleição de Gustavo Mendanha e de Daniel Vilela. Com a reaproximação com Daniel, Mendanha e Vilmarzinho podem se filiar em meados de julho ao MDB, o que torna a definição de dar o passaporte carimbado para o atual prefeito. 

Grupos de oposição, no entanto, faltam percorrer a via sacra na caminhada do Divino Pai Eterno para que algo dê errado. A unanimidade é a de que qualquer um que seja ungido por Mendanha e, por conseguinte, Daniel, é eleito. 

A cidade tem uma afetividade com a memória de Maguito Vilela, que geriu a cidade com ar e quase status de “governador”, como de fato ele o foi de Goiás. Antes de deixar as urnas por um período para se candidatar à prefeitura de Goiânia em 2020, Vilela passou a faixa de bom gestor a Gustavo Mendanha, que fixou-se como o homem de confiança de Maguito. Foi reeleito em 2020, repetindo o bordão, “com os pés nas costas”, quase 90% dos votos válidos. E, mesmo rompido com Daniel, conseguiu uma expressividade de votos na corrida ao governo. 

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Ativo nas redes sociais, e corriqueiramente procurado pela imprensa – a quem atende com facilidade, exceto veículos que ainda não conseguiram o perdão do ex-prefeito -, Mendanha conseguiu manter alguns nomes na administração aparecidense. Claro, o trunfo para Vilmarzinho garantir Mendanha em seu palanque em meio à romaria de outros nomes que almejam o mesmo. 

Para agradar Mendanha, Vilmar Mariano, conforme apurado com exclusividade pelo jornal O Hoje, na próxima semana o prefeito vai empossar, para a Secretaria de Desenvolvimento Social, Davi Mendanha – primo de Gustavo -, que foi procurador jurídico da Câmara Municipal de Aparecida. Ele ocupava o cargo quando Mariano presidia a Câmara.

Mesmo assim, há uma busca pela atenção de Mendanha e dedos cruzados para a inviabilidade de Vilmarzinho. É o caso do Professor Alcides que, evidentemente, tem sido discreto, pois, ao contrário da política na capital, em Aparecida o político deixa-se ir para onde o vento é mais favorável – Vento (leia-se lado de Mendanha e do vice-governador Daniel Vilela, que carrega o sobrenome do pai). Dizem que Professor Alcides tem conversado com Ademir Menezes que, por ora, não quer nem saber de Vilmar por conta do episódio de rompimento do prefeito com Max Menezes, filho de Ademir.

Quando se fala na força de Gustavo e Daniel é impossível não destacar o motivo: quando assumiu Aparecida, Maguito costumava afirmar que transformaria a cidade, que era conhecida como dormitório, em um lugar para lazer e empregabilidade. Rasgou hectares, ligou bairros, asfaltou bairros, e deu espaço para indústrias, prédios e condomínios horizontais. Ou seja, transformou a segunda cidade em um canteiro de obras. 

Com o jeito polido e sensato de conversar com o eleitorado, Maguito, mesmo hospitalizado em São Paulo por causa da Covid-19, foi eleito e empossado prefeito de Goiânia. Nunca chegou a sentar na cadeira no Paço, dando espaço para o atual prefeito da capital, Rogério Cruz (Republicanos). 

A reportagem do jornal O Hoje ouviu algumas lideranças da cidade em busca de interpretação para o título deste texto, de que, um ano e meio da posse de um novo prefeito, ou a recondução do atual, a previsibilidade é a de que Gustavo e Daniel devem definir. 

Daniel vem com o poder que um dirigente partidário traz em si e do cargo de vice-governador. Além, claro, por ser filho do homem que transformou a cidade de Aparecida, implantando políticas sociais e tecnológicas, levando ao reconhecimento nacional. E Mendanha, como já foi dito, pela importância que conseguiu diante do eleitorado aparecidense que, além da votação expressiva em 2020, foi um coro só quando ele tentou morar na Casa Verde ano passado. 

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