Brasil assume direção da cúpula do Mercosul

Por Felipe Cardoso e Mariana Fernandes

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu na última terça-feira (4) a presidência rotativa do Mercosul – formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Além desses países, também existem os chamados “Estados Associados” como a Colômbia, Bolívia e o Chile. 

O acordo comercial foi fechado em 2019 durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro após 20 anos de negociações. Porém, o governo brasileiro já anunciou que quer concluir este ano os ajustes. 

Um documento adicional enviado pela União Europeia no início de 2023 continua em fase de revisão entre os países dos dois blocos. Entre os entraves, está a questão ambiental, liderada pela França. 

Os detalhes da proposta foram apresentados no encontro, mas o governo não deu detalhes. Foi afirmado, no entanto, que por se tratarem de “acordos muito delicados”, isso têm exigido um trabalho de coordenação interna intenso. 

A reunião também contou com a presença do presidente da Argentina, Alberto Fernández, do presidente do Paraguai, Mário Abdo Benítez, e do presidente do Uruguai, Luiz Lacalle Pou.

Ao discursar na cerimônia, o presidente brasileiro defendeu a união entre os países vizinhos como forma de enfrentar os desafios contemporâneos. “O mundo está cada vez mais complexo e desafiador. Nenhum país resolverá seus problemas sozinho, nem pode permanecer alheio aos grandes dilemas da humanidade. Não temos alternativa que não seja a união”. 

E continuou: “frente à crise climática, é preciso atuar coordenadamente na proteção de nossos biomas e na transição ecológica justa”, exemplificou o presidente. “Em um mundo cada vez mais pautado pela competição geopolítica, nossa opção regional deve ser a cooperação e a solidariedade”.

Mercosul

O Mercado Comum do Sul (Mercosul) surgiu com o objetivo de redemocratizar e reaproximar países latino americanos. O Mercado Comum do Sul é um bloco econômico sul-americano formado pelo Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e outros países associados e observadores. 

Foi criado oficialmente em 1991, na tentativa de aumentar a oferta de emprego e renda, melhorar a produtividade e intensificar as relações econômicas entre os países. Esse bloco econômico regional é muito parecido com outros existentes pelo mundo, mas apresenta peculiaridades próprias da região sul-americana.