Caiado considera a criação do conselho federativo como “o mais grave” ponto da Reforma
A medida pode ser analisada no plenário da Câmara Federal ainda nesta quinta-feira (6)
Por: Rodrigo Melo
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Durante encontro da bancada do União Brasil para debater como integrantes do partido vão se posicionar em relação ao projeto da Reforma Tributária, o governador Ronaldo Caiado (UB) destacou que um dos pontos mais graves da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) é a criação de um conselho federativo, que vai definir os repasses de recursos aos estados e municípios e limitar ação dos gestores eleitos.
A medida pode ser analisada no plenário da Câmara Federal ainda nesta quinta-feira (6).
“Isso, sem dúvida alguma, é o mais grave. Fere de morte o Pacto Federativo. Só não vê quem quiser. É a retirada completa das prerrogativas de prefeitos e governadores, que foram eleitos pelo voto direto, mas que de repente perdem seus direitos e as decisões passam a ser tomadas dentro de um comitê federativo com 53 membros”, criticou Caiado.
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No encontro com toda Executiva do partido, entre eles o presidente nacional do União Brasil, deputado federal Luciano Bivar e o secretário-geral da legenda, ACM Neto; Caiado pediu que a liderança do partido escute os governadores para tomar posição. “Se não for possível se posicionar contra o texto, pelo menos que libere os parlamentares”, ponderou.
Ao analisar o texto da reforma, o chefe do Executivo goiano ressalta que o conteúdo é “inaceitável e inadmissível”. Segundo ele, é de causar perplexidade o fato do governo federal imaginar que o Congresso Nacional vote o projeto da forma como está. “É uma aberração, uma anomalia completa. Significa a negação por parte do Congresso Nacional, se aprovado, daquilo que foi pactuado na Constituição de 1988, que é o respeito aos entes federados como cláusula pétrea”, analisou o governador.
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