Possível cassação de Moro pode enfileirar interessados para cargo do senador
Isolado politicamente desde a Lava-Jato, Moro afirma confiar na Justiça e que as acusações são baseadas em "fantasias"
Por: Mariana Fernandes
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Depois da cassação do mandato do deputado federal Deltan Dallagnol do Podemos, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), parece que as atenções na arena política se voltaram para o ex-juiz federal e atual senador, Sérgio Moro (União Brasil- Paraná). A cassação do senador ganhou projeção nacional durante o inquérito da Operação Lava Jato durante as eleições de 2022.
A investigação contra Moro diz respeito à conduta do político ao decorrer da eleição. Contra o ex-juiz, pesam o abuso de poder econômico durante a campanha, caixa dois, irregularidades em contratos e o uso indevido dos meios de comunicação.
Caso a investigação siga adiante, somente no PT há três postulantes, sendo eles: Gleisi Hoffmann, o ex-governador Roberto Requião e o deputado Zeca Dirceu. O ex-senador Alvaro Dias (Podemos), por exemplo, foi senador por quatro mandatos e acabou sendo derrotado por Moro. Na contramão, Gleisi Hoffmann se destaca. Em um post nas redes sociais a primeira-dama, Janja da Silva, chamou Gleisi de “futura senadora”.Gleisi é uma das pessoas mais poderosas do PT e não deve ter dificuldades para confirmar o seu nome, mesmo tendo concorrência.
Isolado politicamente desde a Lava-Jato, Moro afirma confiar na Justiça e que as acusações são baseadas em “fantasias e especulações sem provas”. À revista Veja, o ex-juiz federal afirmou: “Eu já era conhecido pelo meu trabalho como juiz e ministro e não precisaria de uma pré-candidatura presidencial para ganhar notoriedade no Paraná”, afirmou. Além disso, o senador também criticou a postura de petistas. “O PT, pelo jeito, só acredita nas eleições e na democracia quando seu candidato é vencedor. Querer cassar levianamente o mandato de um senador oposicionista representa um perigoso precedente autoritário”, enfatizou o senador.
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