Cid se nega até a falar a idade em CPI e Arthur Maia diz que pode vir a denunciá-lo ao STF

O presidente da CPI disse que militar descumpriu a decisão do STF, que autorizou que ele ficasse calado, mas somente em assuntos que pudessem incriminá-lo.

Postado em: 11-07-2023 às 16h56
Por: Tathyane Melo
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O presidente da CPI disse que Mauro Cid descumpriu a decisão do STF e pode vir a ser denunciá-lo | Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado

O presidente da CPI dos Atos Golpistas, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), afirmou nesta terça-feira (11/7) que pode vir a denunciar o tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cesar Barbosa Cid. A decisão do presidente se baseia no fato de Mauro Cid ter se negado a responder todas as perguntas feitas pelos parlamentares.

Durante a sessão deste terça-feira, Cid informou que ficaria em silêncio no depoimento. A decisão do tenente-coronel foi baseada na autorização da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), que permitiu que Cid ficasse calado quando fosse perguntado sobre assuntos que pudessem incriminá-lo.

Contudo, Mauro Cid ainda é obrigado a dizer a verdade quanto aos demais questionamentos, e durante sessão, Cid se negou a responder todas as perguntas. Para exemplificar a situação, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) diz ter perguntado de propósito qual a idade Mauro Cid teria, pergunta que o interrogado se negou a responder, mostrando que estava se negando a responder todos os questionamentos dos parlamentares.

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Diante disso, Arthur Maia declarou:

“Isso acarretará na necessidade de nós […] apresentarmos uma denúncia contra o senhor Cid ao Supremo Tribunal Federal, haja vista que a ministra do Supremo determinou que, aquilo que não o incriminasse, ele tinha obrigação de responder, uma vez que ele não está aqui só como depoente, mas como testemunha. É o procedimento que ele está adotando e, obviamente, cabe à CPI adotar as medidas cabíveis”.

No início da sessão, Arthur Maia já havia explicado a Mauro Cid que, embora tivesse obtido o direito de permanecer em silêncio em perguntas que pudessem incriminá-lo, Cid ainda seria obrigado a responder às perguntas que não fossem relacionadas às investigações sobre ele.

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