“Tranquilo para disputar Anápolis”, diz Márcio Correa sobre 2024

Sem empecilhos partidários, Correa mira a disputa, critica o prefeito Roberto Naves e afirma não se preocupar com Gomide

Postado em: 13-07-2023 às 08h30
Por: Yago Sales
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O burburinho na política de Anápolis cerca o presidente municipal do MDB, Márcio Correa – suplente de deputado federal – que é o nome mais certeiro da legenda para a disputa marcada para daqui a um ano e dois meses. Em uma posição confortável, já que o presidente do MDB goiano, o vice-governador Daniel Vilela, garantiu, em entrevista ao Portal 6, há poucos dias, que Correa é pré-candidato e tem autonomia para tomar decisões. 

Em entrevista para o jornal O Hoje, Márcio Correa reconhece que está à disposição da sigla para a disputa, mas que aguarda pesquisas – embora já circule na cidade a informação de que é favorito na corrida eleitoral – e deve seguir alguns ritos comuns na política partidária. “No próximo semestre vamos ter encontros com o partido e com o grupo político nosso, para compreender o cenário. É natural meu nome ser lembrado, pela votação que tive na eleição de 2020 e por ter ajudado a eleger a maior bancada de vereadores da cidade”, aponta ele. 

A respeito de como ele pretende furar algumas bolhas, como o fantasma da força do PT – leia-se Antônio Gomide. “Depende da nossa capacidade de articular. O momento é oportuno para disputar. A gente vai trabalhar bastante para definir o projeto do MDB nas eleições. É oportuno e natural o partido ter candidatura própria porque conhece os problemas das cidades”, afirma ele, que titubeia, “mas é preciso conversar”. “A gente encomendou pesquisas para entender o que pensa o eleitor de Anápolis e deve ter essas informações no segundo semestre”.  

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Márcio Correa também comenta a relação com o ex-deputado federal Major Vitor Hugo. “Tenho conversado frequentemente com o Major Vitor Hugo e o presidente do PL Helio Araújo. Até porque nós temos uma grande parte do eleitorado de direita e centro direita. É natural conversar com o PL. Temos um bom diálogo. Se depender de mim, tem tudo para o MDB e o PL andarem juntos. É um desejo da turma que estamos conversando. Independente de nome, de quem seja o candidato. Claro que eles têm o interesse de ter candidatura própria, mas tudo é conversado.”

Sobre a gestão de Roberto Naves, Márcio Correa, critica o adversário, a quem acusa de fazer mais política do que gerir a cidade. “Se pegar os números da saúde, 

comparado com outros municípios, Anápolis perdeu muitos serviços. Temos um número grande de cirurgias represadas. A saúde básica foi desmontada. Anápolis perdeu a capacidade de atrair investidores”, cita ele. 

O presidente do MDB municipal afirma que a cidade está burocrática e carente de infraestrutura. “Basta andar em Anápolis. Uma gestão que movimenta muito politicamente, mas deixa servidores desmotivados e oprimidos. O servidor, que presta serviço lá na ponta, e está desmotivado, é difícil oferecer eficiência à população. Gasta-se muito mal em Anápolis”, critica ele que, ainda, lembra que existem pesquisas que apontam “baixa aprovação do prefeito”. 

Ainda sobre o deputado estadual e ex-prefeito do PT Antônio Gomide, Márcio Correa afirma que não se preocupa com a popularidade do petista, confiando no fato de que a cidade é vista como conservadora, com tendência ao antipetismo, que naufragou o projeto do partido de Lula de retornar à prefeitura na última eleição para prefeito. 

“Em 2020 eu tinha 4% das intenções de votos e tive quatro vezes mais votos, bem próximo do Gomide. Temos propostas para apresentar”, comenta ele, que tem apoio de médicos renomados da cidade.  

Márcio também revela que o respaldo dado por Daniel Vilela o deixa tranquilo diante de decisões para contribuir com o crescimento do partido na cidade. “Daniel Vilela tem dado o respaldo para que a gente possa fazer uma política honesta, coerente com o que a gente prega. Por esse motivo que o partido está grande, tem autonomia, é citado em qualquer discussão política. Inclusive nessa possibilidade de a gente escolher o candidato e concorrer”. 

Ele lembra o crescimento do MDB em 2020. “Tivemos 60 mil votos, três vereadores eleitos (não tinha nenhum). Temos um deputado estadual aqui. Não vejo outro caminho senão o da autonomia. Mas, claro, a gente tem o hábito de ouvir os líderes”.

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