Representante da federação PSDB-Cidadania se reúne com petistas

Gilvane Felipe já teve encontros com lideranças ligadas à esquerda. Dentre elas, Mauro Rubem e Edward Madureira

Postado em: 15-07-2023 às 08h33
Por: Francisco Costa
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Gilvane Felipe já teve encontros com lideranças ligadas à esquerda. Dentre elas, Mauro Rubem e Edward Madureira | Foto: Reprodução

Vice-presidente da federação PSDB-Cidadania em Goiás, Gilvane Felipe defende uma união das siglas progressistas para a disputa do pleito para a prefeitura de Goiânia, em 2024. Ainda não há posição da federação em relação a pré-candidatura, mas o desejo do dirigente é que ocorra uma união das forças democráticas. O jornalista Matheus Ribeiro, do PSDB, seria uma opção, adianta.

“A federação pode lançar um nome. Se este avançar e crescer, a união pode se dar em torno desse candidato. Caso não, pode ocorrer em torno de outro que tenha os mesmos princípios de defesa da democracia e de uma renovação verdadeira na administração pública da capital”, revela. 

Apesar de dizer que a federação não tem nome certo neste momento, um possível pré-candidato do PSDB é o jornalista Matheus Ribeiro, como mencionado. Com mais de 46 mil votos em 2022, ele é suplente do partido na Câmara Federal. 

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Inclusive, Gilvane esteve com o tucano na quinta-feira (13) em agenda com pré-candidatos, como tem feito – ele também já se encontrou com o deputado estadual Mauro Rubem (PT) e com ex-reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG) e suplente de deputado federal, Edward Madureira. Estes encontros ocorrem pelo Cidadania, partido que Felipe preside em Goiás. 

“Conversamos sobre a situação de desmazelo que se encontra Goiânia e o que podemos e devemos fazer para agregar lideranças, partidos e organizações civis nesse movimento”, disse Gilvane. O presidente estadual do Cidadania expõe que Matheus disse que a pré-candidatura ainda está em análise e consulta às bases de seu partido, mas vê com bons olhos essa movimentação em favor de uma candidatura democrática e de renovação na capital.

Nesse sentido, o vice-presidente da federação não vê dificuldades em uma composição entre as siglas de forças democráticas, como PT e PSDB, e outras. O próprio Partido dos Trabalhadores possui federação com PCdoB e PV. Segundo ele, as diversas pré-candidaturas são importantes, mas o ideal é que se afunilem na reta final.

Tucanos e petistas

Hoje, o PSDB tem, além de Matheus, a vereadora Aava Santiago como nome citado na corrida pelo paço municipal. A parlamentar não confirma a pré-candidatura, mas as conversas de bastidores revelam a possibilidade. 

O PT, por sua vez, tem declarado como pré-candidato o ex-reitor da UFG, Edward Madureira, que tem se movimentado, inclusive, com reuniões com expoentes de outras legendas, como a filha o ex-prefeito Iris Rezende, Ana Paula Rezende (MDB). A sigla, contudo, não costuma antecipar decisões do tipo. 

Inclusive, também tem outros nomes na mesa como o do já citado Mauro Rubem, que deixou a Câmara Municipal de Goiânia e ascendeu à Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). A favorita, apesar de reticente, é a deputada federal Adriana Accorsi (PT). A congressista tem dito que preservará o mandato na Câmara.

Accorsi teve mais de 96 mil votos, em 2022, sendo a sexta mais votada entre os 17 deputados federais goianos. Ela também já disputou o pleito da capital em duas ocasiões. Em 2016, terminou em quinto com 6,73%. Já em 2020 ficou em terceiro e alcançou 13,39% do eleitorado. Em 2024, muitos correligionários defendem o retorno da petista, pois a consideram um player de destaque na disputa.

Capital

Goiânia deve ter uma eleição pulverizada em 2024. O número de candidatos deve ser alto. Além de tucanos e petistas, outros possíveis postulantes incluem o senador Vanderlan Cardoso (PSD), visto como uma força no páreo, e o deputado federal Gustavo Gayer (PL), representante do bolsonarismo. O prefeito Rogério Cruz (Republicanos) trabalha para se viabilizar e garantir o maior número de apoios possíveis, inclusive de grandes siglas como o PP e o PDT. 

O MDB deve marcar presença com a filha de Iris, Ana Paula Rezende. É o desejo dos emedebistas goianienses. Mas o partido ainda tem outra possibilidade. De malas prontas para retornar à legenda, o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, fará uma consulta à Justiça para verificar a possibilidade de concorrer ao Executivo da capital. 

Há, ainda, o União Brasil do governador Ronaldo Caiado, com múltiplas possibilidades. Entre elas, o presidente da Alego, Bruno Peixoto, que tem se aproximado do presidente da Câmara de Goiânia, Romário Policarpo (Patriota). Aliados falam em dobradinha. 

Siglas de esquerda também devem marcar presença, como de costume. PSOL, PCB, PCO e outras podem aparecem na corrida eleitoral, além de outras legendas de centro e centro-direita, também.

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