O ato simbólico de transferência da Capital à Cidade de Goiás

Evento, em comemoração ao aniversário de 296 anos da Cidade de Goiás, ocorre nesta segunda-feira

Postado em: 24-07-2023 às 08h13
Por: Yago Sales
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Evento, em comemoração ao aniversário de 296 anos da Cidade de Goiás, ocorre nesta segunda-feira | Foto: Secom/Goiás

Como forma de deferência à Cidade de Goiás, ainda chamada de Goiás Velho por muitos, o que irrita moradores – vilaboenses – do município, a transferência, simbólica, da capital à terra de Cora Coralina ocorre nesta segunda-feira (24). O ato teve início em 1961 por decisão do então governador Mauro Borges, mas foi interrompido em 1978 pelo chefe do executivo à época, Ary Valadão. O rito retornaria na gestão de Iris Rezende Machado, em 1983. Por causa da pandemia de Covid-19, no entanto, a transferência foi cancelada em 2020 e 2021. 

A lei  9.314, de 21 de junho de 1983, sancionada por Iris Rezende àquele ano, prevê a ida dos serviços do Estado, de maneira simbólica, à antiga Vila Boa de Goiás que, por 200 anos, foi a pungente e mais importante cidade goiana. Tirando as intempéries políticas, como a decisão de Valadão e a pandemia, há mais de cem anos há, no imaginário vilaboense, a chegada do governador da vez para a cidade, sobretudo em frente ao Palácio Condes dos Arcos, antiga sede do governo estadual, para comemorar, este ano, 296 anos de história. 

Com isso, o governo determina que não haverá expediente nas repartições ou serviços do Estado, exceto nas unidades que desenvolvam atividades que, por sua natureza ou em razão do interesse público, tornem indispensável a continuidade do serviço. Como por exemplo o de hospitais públicos. 

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Atualmente, a Cidade de Goiás é um dos principais destinos de quem quer conhecer melhor o solo goiano. Terra da poeta Cora Coralina, do escultor Veiga Valle e da pintora Goiandira Couto, além da tradicional Procissão do Fogaréu e da sede do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica). A cidade fica a 136 quilômetros de Goiânia, pela G0-070.

A antiga Vila Boa foi por mais de 200 anos a capital do Estado, posição transferida para Goiânia em 1933 em uma decisão corajosa de Pedro Ludovico Teixeira, instituído governador da província por um grande aliado político à época: Getúlio Vargas. 

Vila Boa, no entanto, teve início em um período mais longínquo. A cidade foi fundada por bandeirantes em 1.727, que viajavam pelo desconhecido Brasil. O objetivo era encontrar indígenas e ouro às margens do Rio Vermelho. 

O caráter histórico da cidade teve um importante, quase tardio, reconhecimento em 2001: recebeu o Título de Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, conferido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).

Seguindo as tradições, o governador Ronaldo Caiado comparece à cidade para agenda e comemoração do aniversário de 296 anos do município, celebrado no próximo dia 25. 

Um ponto importante, mais factual, é a inauguração do novo fórum do município, inaugurado no último mês de abril, possui a primeira unidade judiciária do estado com sistema 100% digital. 

Em seguida, às 11h30, o governador realiza a instalação do Ministério Público de Goiás em um dos prédios mais importantes da antiga capital goiana, a Casa de Fundição. No período da tarde, às 15h, Caiado instala a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPEGO) no Colégio Sant’Ana, no centro histórico. 

Logo mais tarde, às 16h, o governador participa da instalação da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), na sede da subseção da OAB, também no centro da cidade. Fechando a agenda, às 18h30, Ronaldo Caiado entrega, na Praça do Chafariz,  a Comenda da Ordem do Mérito Anhanguera a dezenas de autoridades e personalidades de Goiás e do país. A comenda é a mais alta honraria concedida pelo Estado. A lista não foi divulgada. 

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