Composição partidária é o principal desafio na corrida por Anápolis
Dirigentes intensificam conversações de olho na sucessão de Roberto Naves
Por: Felipe Cardoso
Nos bastidores da política anapolina, o comentário é que as composições partidárias no município representam, sobretudo, um grande desafio para as lideranças locais. O prefeito Roberto Naves (PP), todos sabem, não pode concorrer à reeleição e isso tem feito com que políticos de diferentes partidos se movimentem na esperança de sucedê-lo.
A mais recente informação ventilada é que o PP, de Naves, pode se aliar ao PL, de Wilder Morais e Vitor Hugo. Se caminharem de mãos dadas na cidade, o entendimento é que devem lançar uma chapa forte para a disputa do ano que vem. Recentemente, vale lembrar, um fato chamou a atenção dos anapolinos: a Rádio São Francisco, estação local, sugeriu que o atual gestor poderia, inclusive, apoiar o ex-deputado federal Vitor Hugo (PL) como candidato à prefeitura.
A expectativa era que o lançamento da pré-candidatura do ex-deputado ocorresse na última sexta-feira, 21, durante a passagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo município, o que não aconteceu.
Ao Jornal O Hoje, Vitor Hugo já tinha dito que poderia disputar a prefeitura de Goiânia ou de Anápolis. Em 2022, quando concorreu ao governo do Estado, ele recebeu mais de 46 mil votos na cidade, dos 516 mil que recebeu ao todo. Além disso, ele é aliado de primeira hora de Bolsonaro. No município, o ex-presidente recebeu mais de 70% dos votos.
Alguns players do município consultados pela reportagem duvidam da dobradinha tanto quanto duvidam que o MDB caminhe de mãos dadas com o PT anapolino. Conforme mostrado pelo O HOJE, a chance de composição entre os partidos é vista como nula.
O deputado Amilton Filho (MDB), por exemplo, chegou a garantir que o MDB está certo na disputa à prefeitura de Anápolis. O nome será justamente o de Amilton ou de Márcio. “O Márcio já está na fila, tem boa relação com o vice-governador e presidente do MDB estadual, Daniel Vilela. Mas não tem vaidade. Se alguém estiver melhor, deverá ser o candidato”, destaca. Marcio também falou com o veículo e disse estar “tranquilo para disputar Anápolis”.
Em paralelo ao cenário emedebista, o PT também dá sinais de que terá seu candidato. Trata-se do o ex-prefeito e deputado estadual Antônio Gomide (PT), que é visto, neste momento, como favorito.
Pode ser mais fácil sentar e conversar com o prefeito Roberto Naves (PP), que tentará fazer o sucessor. O progressista está em seu segundo mandato e fez da esposa, Vivian Naves (PP), deputada estadual. O peso da máquina, todos sabem, sempre foi e sempre será alvo de cobiça.
Apesar das diferentes probabilidades, a leitura é que o prefeito tem algumas opções mais propensas na manga. O vice dele, Márcio Cândido (PP), é uma delas. Está na fila. Outro é o presidente da Câmara Municipal, vereador Leandro Ribeiro (PP). Ele foi candidato a deputado federal e ficou como primeiro suplente do PP. Teve mais de 25 mil votos. Além disso, há o próprio presidente do partido, o titular da Agência Goiana de Habitação, Alexandre Baldy. O tempo dirá qual caminho tomará o gestor. Resta aguardar.
