Na contramão de Lula, Tarcísio defende armamento na mão do cidadão
Para o governador "nunca se dificultou a compra de armas pelos criminosos", visto a dificuldade para se obter armas no país
Por: Mariana Fernandes
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) comentou nesta segunda-feira (24), sobre o pacote para segurança pública lançado pelo governo Lula na última semana. O governador afirmou que “nunca se dificultou a compra de armas pelos criminosos no Brasil” e que “a arma na mão do cidadão” significa “poder de dissuasão” contra a criminalidade.
O decreto assinado pelo então presidente Lula, reduz o limite de armas a quem podem ter acesso os caçadores, atiradores esportivos e colecionadores (CACs), além de implementar níveis de controle. O decreto assinado também prevê uma migração progressiva do controle de armas dos CACs do Comando do Exército para a Polícia Federal.
A flexibilização do acesso a armas foi uma das principais medidas tomadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. O número de armas registradas por CACs de 2018 até julho deste ano teve aumento exponencial. Desde a transição já era esperado que a gestão Lula editaria medidas para dificultar o acesso a armas.
Durante a gestão de Bolsonaro, Tarcísio foi ministro da Infraestrutura. Ao dificultar o acesso a armas, um dos objetivos do governo federal é evitar que os arsenais cheguem ao crime organizado. Segundo Tarcísio, “o criminoso está armado até o dente” no Brasil.
“Nossa ação de segurança pública, entre outras questões, é combater o contrabando de armas. Nunca se dificultou a aquisição de armas por parte dos bandidos, estão com armas que só os melhores exércitos do mundo têm. O que a gente tem que fazer é impedir que essas armas cheguem aos bandidos”, disse o governador ao afirmar que o governo estadual vai investir em inteligência para combater o contrabando de armas.
E continuou: “eu entendo que a arma na mão do cidadão é sempre um poder de dissuasão. No final das contas, você não sabe se o cidadão está armado ou não. Ele para pra pensar duas vezes se vai fazer uma abordagem ou não. Você ter o cidadão desarmado, o bandido sabe: esse cara está desarmado. Eu tirei essa dúvida da cabeça do bandido”, concluiu.
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