Vanderlan e Accorsi podem protagonizar composição ‘inusitada’ em Goiânia

Uma composição inusitada pode mudar o cenário da corrida pelo Paço municipal de Goiânia no ano que vem. O senador Vanderlan Cardoso (PSD) e a deputada federal Delegada Adriana Accorsi (PT), inclusive, podem estar na mesma chapa, informou uma fonte do alto escalão da política goiana e que tem proximidade com os dois líderes e legendas. 

Vale citar, tanto Vanderlan quanto a Adriana são possíveis candidatos à prefeitura de Goiânia em 2024. Ambos já disputaram o pleito no passado, sendo, inclusive, segundo e terceiro colocados, respectivamente, em 2020 – naquele ano, a chapa Maguito Vilela (MDB) e Rogério Cruz (Republicanos) venceu o páreo. Eles também concorreram em 2016.

Veja bem: aliados de Vanderlan já dizem que esta é “a eleição do senador”. Sem Iris Rezende e sem Maguito, ele seria o favorito. O próprio senador não descarta a corrida, apesar de ainda achar cedo a discussão. 

No caso de Adriana Accorsi, a petista mantém o discurso que espera concluir o mandato na Câmara Federal, uma vez que teve quase 100 mil votos. Correligionários, todavia, defendem como nome mais forte da legenda, apesar do PT já ter outros possíveis postulantes, como o ex-reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Edward Madureira, e o deputado estadual Mauro Rubem.

Mas de volta às informações repassadas pela fonte, a mesma informa que a possibilidade está na mesa dos partidos. Ele afirma, ainda, que o desejo da presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, é que Adriana seja a cabeça de chapa. Há outros setores do Partido dos Trabalhadores, porém, que aceitam que ela seja vice de Vanderlan. 

Tudo vai depender de pesquisas internas. Este interlocutor disse ao portal que um levantamento interno mostrou o senador na dianteira, mas por pouco. Um empate técnico motivaria a defesa de Accorsi. Contudo, se o representante goiano do PSD na Casa Alta estiver bem à frente, ele teria a preferência. 

Para o acordo funcionar, haverá a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Desde que ele concorde, tudo é possível. Mas é provável que Adriana não se interesse pela vice e tenha resistência. Nesse caso, entram os outros nomes do PT. 

Apesar de o partido ressaltar reiteradamente que terá candidatura própria, os interesses da Executiva Nacional e os acordos do alto escalão pesarão mais. E o PSD de Vanderlan Cardoso é um parceiro do governo federal. 

Destaca-se, o PSD ocupa três ministérios no governo Lula. São eles: Agricultura (Carlos Fávaro), Pesca (André de Paula) e Minas e Energia (Alexandre Silveira). E da mesma forma que conversa com o PT por composição, também fala com o PL, conforme confirmou ao Jornal O Hoje, o deputado federal Ismael Alexandrino, recentemente. 

A verdade é que pesquisas já divulgadas pela imprensa goiana, de fato, mostram boa pontuação de Vanderlan e Adriana Accorsi. A combinação dos nomes poderia render uma chapa competitiva e dificultar a vida dos adversários, que podem ser muitos.

Além do prefeito Rogério Cruz (Republicanos), que trabalha para viabilizar a reeleição, o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro tem como nome forte o deputado federal Gustavo Gayer. Do grupo da base governista, o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto (União Brasil), também tem se fortalecido. Da mesma forma, o MDB do vice-governador Daniel Vilela faz pressão para que a filha do ex-prefeito e ex-governador Iris Rezende, Ana Paula Rezende, entre na corrida.