Na contramão do governo, Alckmin defende reforma administrativa e diz que ela deve ser feita “já”

A posição de Alckmin vai na contramão do Governo, que pretende segurar a reforma administrativa até a finalização das votações da reforma tributária

Postado em: 28-07-2023 às 14h10
Por: Redação
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A posição de Alckmin vai na contramão do Governo, que pretende segurar a reforma administrativa até a finalização das votações da reforma tributária. | Foto: Felipe Cardoso/ O Hoje

Por Luan Monteiro e Felipe Cardoso

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), defendeu esforços para passar uma reforma administrativa na Câmara. A posição de Alckmin vai na contramão do Governo Federal, que pretende segurar a reforma administrativa até a finalização das votações da reforma tributária, que será discutida no Senado a partir de agosto.

Em entrevista coletiva, Alckmin diz acreditar que a reforma administrativa seja importante e que deve ser feita a partir de já. “Eu acho que deve haver sim. E acho mais. O que é uma reforma administrativa? Desburocratização é reforma administrativa. […] Já estamos fazendo no Ministério da Indústria sem precisar de nenhuma mudança Constitucional. É tarefa cotidiana, PPP, concessões, boas agências reguladoras. Então eu defendo sim que a reforma deva ocorrer. E ela deve ser feita a partir de já, não precisa nem esperar uma mudança constitucional”, disse.

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No momento, integrantes do governo Lula são contrários a reforma pois ela tende a reduzir salários, impor metas de desempenho e tirar privilégios do funcionalismo público.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), por sua vez, se esforça para discutir a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata do funcionalismo público. Na segunda-feira (24/7), Lira afirmou que a reforma administrativa será o próximo grande tema a ser discutido no Congresso. Ainda em 2021, durante o governo Jair Bolsonaro (PL), a Câmara aprovou a PEC apresentada pelo então mandatário. Lula dizia, antes de vencer as eleições, que trabalharia contra o texto.

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