Politicamente, Vanderlan nunca foi tão cortejado 

Político tem sido visto como forte aliado do governo de Lula da Silva, de que já foi crítico ferrenho

Postado em: 29-07-2023 às 10h30
Por: Yago Sales
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Discreto no palanque do Senado, Vanderlan costuma trabalhar nos bastidores, sem alarde | Foto: Roque de Sá/Agência Senado Fonte

Quando assumiu a presidência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) em março deste ano, o senador Vanderlan Cardoso se transformou em um dos parlamentares mais requisitados do Congresso Nacional. As atribuições do cargo são de maior importância ao País e, por isso, passam pela atividade do presidente do CAE, sendo um verdadeiro interlocutor junto aos setores econômicos brasileiros. 

Ao tomar posse, Vanderlan assinalou: “Quero reafirmar o meu compromisso de trabalhar cada vez mais para fazer do Brasil um país melhor para todos os brasileiros. Sei bem que isso passa diretamente pelo trabalho desta Comissão de Assuntos Econômicos, que não trata de temas que dizem respeito apenas ao governo ou a grandes empresas”. 

Ele reconheceu que Assuntos econômicos são questões que “afetam a vida de cada cidadão”. E ressaltou que o seu trabalho na comissão “vai interferir na vida de cada trabalhador brasileiro, seja ele patrão ou empregado”. E deu exemplos, como a taxa básica de juros (Selic), inflação, dívida pública e carga tributária. 

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Em tempos de tramitação da reforma tributária, Vanderlan ultrapassou a fronteira do político regional, entre Senador Canedo e Goiânia, em eleições vitoriosas e outras fracassadas, para dirigir uma agenda de desenvolvimento em que terá de tomar fortes decisões para manter-se no foco do poder. Com isso, o outrora bolsonarista convicto, vai ter de ceder, e muito, ou tapar o sol, ou melhor, os olhos, com a peneira, para o discurso político de antipetismo que imperou no Brasil nos últimos anos. 

Discreto no palanque do Senado, Vanderlan costuma trabalhar nos bastidores, sem alarde. Para se ter uma ideia, desde o começo do ano, Vanderlan fez oito pronunciamentos no Senado Federal. Em contraponto, o senador Jorge Kajuru (PSB), fez 110 falas. O estreante, que entrou na única vaga na eleição passada, o senador Wilder Morais (PL), fez apenas uma aparição no microfone da Casa. Do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, ou seja, em tese, oposição à gestão lulopetista, aproveitou a oportunidade para fazer críticas a Lula por causa da política de juros adotada pelo Banco Central em abril. 

Vanderlan dá poucas declarações à imprensa, com certo distanciamento, principalmente com a imprensa goiana, sua base eleitoral. Um aliado o defende: “Ele está trabalhando pelo País. Tem que correr contra o tempo”. O comentário vem acompanhado de um segredo impublicável, mas que se pode dar um spoiler, como publicado na edição do jornal O Hoje nesta sexta-feira (28): há chances de o PSD – leia-se Vanderlan, presidente da sigla em Goiás – compor com o PT de Lula na disputa à prefeitura de Goiânia ano que vem. 

O senador Vanderlan Cardoso (PSD) e a deputada federal Delegada Adriana Accorsi (PT) devem caminhar juntos, conforme fonte do alto escalão da política goiana e que tem proximidade com os dois líderes e legendas. Vale citar, tanto Vanderlan quanto a Adriana são possíveis candidatos à prefeitura de Goiânia em 2024. Ambos já disputaram o pleito no passado, sendo, inclusive, segundo e terceiro colocados, respectivamente, em 2020 – naquele ano, a chapa Maguito Vilela (MDB) e Rogério Cruz (Republicanos) venceu o páreo. Eles também concorreram em 2016.

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