Após operação no litoral, Tarcísio é pressionado por aliados e criticado pelo governo federal
Governador segue sendo precionado pelo uso da força policial após a morte de um policial da Rota, que acarretou em 14 mortos em confronto
Por: Mariana Fernandes
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), vem sendo pressionado por grupos de deputados estaduais que compõe a base do governo para a retirada das câmeras corporais utilizadas em uniformes por policiais militares. Além disso, o governo federal criticou a operação especial que acontece no litoral sul do estado após o assassinato de um soldado das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), que resultou em 14 mortes em confrontos com as forças de segurança nesta terça-feira (1).
O ministro da Justiça, Flávio Dino, expressou sua preocupação com a reação da polícia paulista ao assassinato, alegando que ela não parece proporcional. Ele assegurou que, assim que as autoridades estaduais concluírem a apuração das questões, o governo federal tomará as devidas providências. Dino enfatizou também que o governo federal não adota uma postura intervencionista e preza pelo princípio federativo.
Diante dos acontecimentos, o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, ordenou que o ouvidor nacional da pasta entre em contato com as autoridades paulistas para obter informações precisas sobre ações policiais na região.
Mesmo sendo pressionado, Tarcísio diz estar ao lado da polícia paulista mas que não irá abolir o uso de câmeras nas fardas, pois as imagens serão anexadas aos inquéritos e estarão disponíveis para consulta pelo Ministério Público, Judiciário e Corregedoria da Polícia Militar. A Ouvidoria das Polícias de São Paulo também solicitou acesso às imagens.
Em resposta às críticas, o governador afirmou que o combate ao crime organizado pode ter efeitos colaterais, mas garantiu que todas as condutas serão investigadas e os que pecarem pelos excessos serão punidos.
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