Após operação no litoral, Tarcísio é pressionado por aliados e criticado pelo governo federal

Governador segue sendo precionado pelo uso da força policial após a morte de um policial da Rota, que acarretou em 14 mortos em confronto

Postado em: 02-08-2023 às 09h00
Por: Mariana Fernandes
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Governador segue sendo precionado pelo uso da força policial após a morte de um policial da Rota | Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), vem sendo pressionado por grupos de deputados estaduais que compõe a base do governo para a retirada das câmeras corporais utilizadas em uniformes por policiais militares. Além disso, o governo federal criticou a operação especial que acontece no litoral sul do estado após o assassinato de um soldado das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), que resultou em 14 mortes em confrontos com as forças de segurança nesta terça-feira (1).

O ministro da Justiça, Flávio Dino, expressou sua preocupação com a reação da polícia paulista ao assassinato, alegando que ela não parece proporcional. Ele assegurou que, assim que as autoridades estaduais concluírem a apuração das questões, o governo federal tomará as devidas providências. Dino enfatizou também que o governo federal não adota uma postura intervencionista e preza pelo princípio federativo.

Diante dos acontecimentos, o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, ordenou que o ouvidor nacional da pasta entre em contato com as autoridades paulistas para obter informações precisas sobre ações policiais na região.

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Mesmo sendo pressionado, Tarcísio diz estar ao lado da polícia paulista mas que não irá abolir o uso de câmeras nas fardas, pois as imagens serão anexadas aos inquéritos e estarão disponíveis para consulta pelo Ministério Público, Judiciário e Corregedoria da Polícia Militar. A Ouvidoria das Polícias de São Paulo também solicitou acesso às imagens.

Em resposta às críticas, o governador afirmou que o combate ao crime organizado pode ter efeitos colaterais, mas garantiu que todas as condutas serão investigadas e os que pecarem pelos excessos serão punidos.

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