Com mais cadeiras e ampla renovação, ex-vereadores devem brigar por retorno à Câmara

De fora das últimas legislaturas, alguns nomes já percorrem as bases de olho nas eleições do ano que vem

Postado em: 09-08-2023 às 08h30
Por: Redação
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Muitos já percorrem as bases de olho na disputa que se aproxima | Foto: Reprodução

Felipe Cardoso e Francisco Costa

Com base no resultado das eleições anteriores, a reportagem do O HOJE fez, em junho, um levantamento sobre a quantidade de cadeiras que devem ser renovadas na Câmara de Goiânia em 2024. A partir disso, pode-se observar, agora, que alguns nomes que ficaram de fora do último pleito podem voltar à Casa de Leis, aproveitando a esteira da “renovação”. E mais: muitos deles já percorrem as bases de olho na disputa que se aproxima.  

Entre os possíveis futuros mandatários, figura o nome do ex-vereador Wellington Peixoto. Bem articulado e próximo do presidente da Câmara, Romário Policarpo (Patriota), o irmão do presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto (União Brasil), é visto nos bastidores como alguém “forte no páreo”. 

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Há, ainda, a secretária de Políticas para Mulheres, Tatiana Lemos. Vereadora por três mandatos, ela ficou de fora desta legislatura, mas pode tentar reocupar uma cadeira no Parlamento goianiense.

Outra ex-vereadora que ocupou cargo na prefeitura (ela foi secretária de Direitos Humanos e Políticas Alternativas) e que pode tentar um retorno é a Dra. Cristina. A política foi, inclusive, uma das protagonistas das últimas duas legislaturas. O ex-vereador Felizberto Tavares, que cumpriu dois mandatos na Casa (2013 a 2020), também figura entre os ‘cotados’ para a disputa de 2024. Ele, inclusive, dá sinais ao articular junto ao grupo de Bruno Peixoto, assim como Wellington. 

Andrey Azeredo, que foi presidente da Casa, deve concorrer mais uma vez. O ex-vereador Oséias Varão é mais um nome que pode querer retornar ao parlamento da capital. Há, também, os ex-parlamentares Álvaro da Universo, Paulo Daher, Carlin Café, Divino Rodrigues, Tiãozinho Porto, Marina Sant’Anna e Zander Fábio, hoje secretário de Cultura de Goiânia. 

Todos, claro, são apenas algumas das possibilidades. Há, ainda, muitas outras. Há, inclusive, aqueles cassados pela cota feminina, mas que não estão inelegíveis. São eles: Santana Gomes, Bruno Diniz e Marlon Teixeira. 

Detalhe: o plenário da Câmara aprovou, em julho, projeto de emenda à Lei Orgânica do Município que altera o quantitativo de vereadores do Município. O objetivo é readequar o número de vereadores da Câmara Municipal de Goiânia ao contingente estabelecido na Constituição Federal, em seu artigo 29, inciso IV. 

Segundo “o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2022, o nosso município possui uma população de 1.437.237, entretanto, nossa Lei Orgânica atual não prevê o número de parlamentares para uma população menor que 1.500.000 de habitantes”, justifica o texto. Com isso, a Câmara, hoje com 35 cadeiras, passa a ter 37.

Expectativa de renovação

A corrida de vereadores da capital é marcada pela alta renovação na Casa de Leis. Quanto, de fato, o Parlamento irá renovar no ano que vem não é possível precisar. Com base nos últimos anos, todavia, dá pra se ter uma ideia.

De 2012 para 2016, a renovação foi de aproximadamente 65% – a conta se baseia nos eleitos e não em quem estava no mandato no fim do período legislativo. Já em 2016 para 2020, a renovação foi quase de 63%. Dito isto, e seguindo a mesma variação, a Câmara de Goiânia pode renovar de 60% a 65%. Representa a permanência de 10 a 13 dos 35 legisladores do parlamento goianiense – em relação aos que foram eleitos.

Cientista político e professor, Marcos Marinho avalia o que pode gerar mais ou menos renovação no pleito. Segundo ele, às vezes, quem está no mandato negligencia a manutenção do relacionamento com a base. “Aí a fatura chega.” Além disso, ressalta que a renovação não quer dizer nomes inéditos. “Às vezes a pessoa sai e volta, ocorrem muitas trocas. Às vezes sai pai, entra filho.”

Ele pontua, inclusive, que o ano que vem será pesado, com muitos querendo retornar à Casa. “Então, quem ainda não começou a trabalhar terá muita dificuldade.” Questionado sobre a porcentagem de renovação, ele acredita que esta seguirá o mesmo índice dos últimos anos.

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