Eleições 2024 e 2026 pautam dança das cadeiras entre Márcio Correia e Célio Silveira

Caso Corrêa não alcance a prefeitura de Anápolis em 2024, se lançará, em 2026, candidato a deputado estadual

Postado em: 10-08-2023 às 08h30
Por: Felipe Cardoso
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Célio, por sua vez, buscará reeleição ao posto de federal com apoio de Corrêa na região metropolitana | Foto: Montagem

O emedebista Márcio Correa tomou posse do cargo de deputado federal por Goiás. Ele substituirá nos próximos meses Célio Silveira, que pediu afastamento temporário do cargo por motivos pessoais. Nos bastidores, o movimento de troca já era esperado. A leitura é que, uma vez no Parlamento, Márcio, que é pré-candidato à prefeitura de Anápolis, poderá trabalhar de maneira mais incisiva em busca de musculatura para a disputa do ano que vem. 

Não é de hoje, todos sabem, que o suplente de deputado tem articulado de olho no Paço anapolino. Uma vez na cadeira até então ocupada por Célio, Márcio ampliará consideravelmente o poder de articulação na cidade. Uma fonte consultada pelo O HOJE foi além ao dizer que o afastamento de Célio para abrir espaço ao companheiro de partido anuncia, ainda que precocemente, uma possível dobradinha para 2026. 

O entendimento é que caso Corrêa não alcance a prefeitura, se lançará, em 2026, candidato a deputado estadual. Célio, por sua vez, buscará a reeleição ao posto de federal. Um apoiaria o outro. Com isso, Márcio contribuiria significativamente com a penetração de Célio na região metropolitana, haja vista que o político tende a dividir votos no Encontro com o atual prefeito de Valparaíso, Pábio Mossoró. 

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Especula-se que Pábio possa ocupar a vice de Daniel Vilela (MDB) em seu projeto rumo ao governo goiano em 2026, mas, caso o cenário mude e isso não se concretize, o atual gestor mergulharia automaticamente na briga por uma cadeira em Brasília. 

De volta, porém, às movimentações em Anápolis, conforme mostrado pelo O HOJE, Márcio está confortável para mergulhar na disputa. A ideia é que haja o mínimo de divisão política possível na cidade, a dúvida é se isso será, de fato, possível. O grupo encabeçado pelo atual prefeito Roberto Naves (PP), que, vale lembrar, não pode disputar a reeleição, ainda não encontrou um nome para sucedê-lo. Porém, o comentário é que não abrem mão de indicarem a cabeça de chapa para a disputa de 2024.

Corre na boca miúda a informação de que Daniel Vilela, vice-governador goiano, sonha em conquistar o apoio do PP em Anápolis, porém, não abre mão de que Márcio seja o candidato. Se esse casamento será possível, só o tempo dirá. O fato é que em paralelo a toda essa situação, Márcio e Alexandre Baldy, que é presidente estadual do PP, nutrem, no mínimo, uma boa amizade. Isso poderia facilitar uma composição? Talvez.

Se acontecer, interlocutores atestam que seria “a contragosto” de Naves, que quer indicar um sucessor. Se a dobradinha, porém, não sair do papel, o nome indicado por Naves tende a rivalizar com o time emedebista na disputa que se aproxima. 

Apesar do peso da máquina, Márcio não tem titubeado em mergulhar no ano que vem. Há poucos meses, em entrevista ao O HOJE, o emedebista disse que está à disposição do MDB para ir para o bom combate. “No próximo [neste] semestre vamos ter encontros com o partido e com o grupo político nosso, para compreender o cenário. É natural meu nome ser lembrado, pela votação que tive na eleição de 2020 e por ter ajudado a eleger a maior bancada de vereadores da cidade”, aponta ele. 

O presidente do MDB municipal afirma que a cidade está burocrática e carente de infraestrutura. “Basta andar em Anápolis. Uma gestão que movimenta muito politicamente, mas deixa servidores desmotivados e oprimidos. O servidor, que presta serviço lá na ponta, e está desmotivado, é difícil oferecer eficiência à população. Gasta-se muito mal em Anápolis”, critica ele que, ainda, lembra que existem pesquisas que apontam “baixa aprovação do prefeito”. 

Márcio também revela que o respaldo dado por Daniel Vilela o deixa tranquilo diante de decisões para contribuir com o crescimento do partido na cidade. “Daniel Vilela tem dado o respaldo para que a gente possa fazer uma política honesta, coerente com o que a gente prega. Por esse motivo que o partido está grande, tem autonomia, é citado em qualquer discussão política. Inclusive nessa possibilidade de a gente escolher o candidato e concorrer”.

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