Chapa Peixoto-Policarpo entusiasma grupo de vereadores na Câmara

Ex-vereador por Goiânia, mas ainda muito ligado à Câmara, Wellington Peixoto diz que parte dos atuais parlamentares apoiaria uma chapa formada pelo presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto (União Brasil), e o presidente da Casa de Leis da capital, Romário Policarpo (Patriota). De fato, a composição é uma possibilidade.

Wellington é irmão de Bruno e tem proximidade com Romário. Ele também revela que tem participado de conversas com os vereadores da capital sobre o assunto. “Esta é uma questão da Câmara, claro. Mas os vereadores querem essa chapa.”

“Mas para mim é uma chapa que seria muito difícil não bater a eleição. Com o apoio do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) e do vice Daniel Vilela (MDB)… inclusive, o Policarpo poderia receber um convite para se filiar ao MDB”, completa. Segundo ele, Romário poderia ser um vice com o apoio “maciço” da Câmara. 

Ele faz uma ressalva em relação a candidatura. Wellington cita que o irmão só irá se candidatar se tiver a “bênção” de Caiado. “Mas ele está preparado, é algo que sempre sonhou e hoje tem base consolidada, tanto na Assembleia quanto na Câmara.”

Em paralelo, o prefeito da capital, Rogério Cruz (Republicanos) tem trabalhado para manter os parlamentares da base unidos. Vale lembrar que Rogério tende a buscar reeleição no ano que vem e, por isso, precisará, mais do que nunca, de um time forte de vereadores atuando como puxadores de votos nas ruas de Goiânia. A maioria absoluta da Casa, vale destacar, segue aliada ao Paço. 

Em paralelo, Wellington lembra ainda que alguns fatores podem resultar na ausência de Bruno no páreo do ano que vem. O MDB tem dois nomes fortes que poderiam entrar na corrida com o apoio de Caiado-Vilela. São eles: a filha do ex-prefeito Iris Rezende, Ana Paula Rezende, e o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (que vai migrar do Patriota para o MDB).

Alguns emedebistas acreditam que Ana Paula já teria desistido da ideia. Wellington Peixoto, por sua vez, afirma que ela segue interessada em mergulhar na disputa.  Já Gustavo Mendanha depende de consulta à Justiça. O ex-prefeito busca apoio junto ao presidente nacional do partido, deputado federal Baleia Rossi (MDB) para a ação.

O caso de Mendanha é diferente. Ele foi prefeito por dois mandatos em Aparecida e, automaticamente, não poderia disputar um terceiro, mesmo em outra cidade, pois se enquadraria no prefeito itinerante. A tese do político, contudo, é que se desincompatibilizou do cargo há mais de dois anos das eleições de 2024 para disputar o governo de Goiás. Além disso, concorreria ao cargo em uma cidade maior. 

Na terça, Mendanha, junto com Daniel Vilela, se reuniu com Baleia Rossi. Em pauta, a participação do presidente nacional do MDB no retorno de Gustavo ao partido, mas também a consulta à Justiça. 

De volta a chapa Bruno Peixoto e Romário Policarpo, interlocutores do vereador confirmam que as conversas acontecem na Casa. Alguns, contudo, são enfáticos em defender o atual prefeito. É o caso do presidente estadual do Avante, vereador Thialu Guiotti. “Faço parte da administração do prefeito. Eu tenho, hoje, um compromisso político com o trabalho da administração e, automaticamente, de buscar a reeleição do Rogério Cruz, caso ele seja candidato”, ressalta.

Vale lembrar, em entrevista recente ao Jornal O Hoje, o presidente metropolitano do MDB, vereador Henrique Alves, afirmou que sem Ana Paula no páreo, o partido poderia indicar um vice para Bruno Peixoto. A fala vai ao encontro do que disse Wellington Peixoto, considerando que Policarpo se filie à legenda.