Michelle Bolsonaro deve ser intimada a depor sobre caso das joias

O nome de Michelle aparece em trocas de mensagens que culminaram em madados de busca e apreensão cumpridos nesta sexta-feira (11/8)

Postado em: 11-08-2023 às 17h26
Por: Luan Monteiro
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O nome de Michelle aparece em trocas de mensagens que culminaram em madados de busca e apreensão cumpridos nesta sexta-feira (11/8). | Foto: Planalto

A Polícia Federal (PF) deve intimar a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro para prestar depoimento no caso das joias. O nome de Michelle aparece em trocas de mensagens que culminaram em madados de busca e apreensão cumpridos nesta sexta-feira (11/8).

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, cita uma mensagem enviada pelo coronel Marcelo Câmara, assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

No áudio, Câmara ddiz que algo destinado a Michelle teria sumido. “O que já foi, já foi. Mas se esse aqui tiver ainda a gente certinho pra não dar problema. Porque já sumiu um que foi com a Dona Michelle; então pra não ter problema”, disse o coronel.

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A PF afirma, na representação, que as conversas “revelam que, apesar das restrições, possivelmente, outros presentes recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro podem ter sido desviados e vendidos sem respeitar as restrições legais”.

O inquérito da PF aponta que ao menos cinco itens foram negociados por funcionários de Bolsonaro. Esses itens teriam rendido ao menos R$ 1 milhão. Esses objetos, segundo a polícia, foram recebidos por Bolsonaro “na condição de chefe do Estado do governo brasileiro, em compromissos oficiais com representantes de outros países”.

Os mandados cumpridos nesta sexta-feira tiveram como alvo o general Mauro César Lourena Cid, pai de Mauro Cid; o advogado Frederick Wassef, que defende Bolsonaro; e o tenente do Exército Osmar Crivelatti. Segundo a PF, todos são suspeitos dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro.

“Os investigados são suspeitos de utilizar a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior”, disse a PF.

De acordo com as investigações, os valores obtidos pelas vendas foram convertidos em dinheiro vivo.

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