Faltam PP e PSD para finalizar chapa tucana

Rede Sustentabilidade desistiu de candidatura própria e anuncia apoio ao PSDB e Psol em Goiás oficializou chapa majoritária no domingo

Postado em: 30-07-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Rede Sustentabilidade desistiu de candidatura própria e anuncia apoio ao PSDB e Psol em Goiás oficializou chapa majoritária no domingo

Presidente do PSDB goiano, Vecci considera que as duas siglas são importantes para o projeto

Rafael Oliveira

A chapa majoritária do PSDB em Goiás deve ser anunciada nesta terça-feira (3/8) após ajustar detalhes com o Partido Progressista (PP) e o Partido Social Democrático (PSD). O presidente do PSDB goiano, deputado federal Giuseppe Vecci, aguarda últimos encontros com os presidentes do PP e PSD, Alexandre Baldy e Vilmar Rocha. O dirigente tucano quer acordo para a vaga de vice-governador e o primeiro suplente de Marconi Perillo (PSDB) ao Senado Federal. As duas vagas são cobiçadas pelos líderes. Vecci considerou que as duas legendas têm condições de ocupar qualquer uma das vagas. “Os dois aliados estão conosco na base e tem credenciais para conversar sobre a indicação das vagas. Mas, as conversas estão bem encaminhadas e faltam pequenos detalhes no momento”, garantiu Vecci. 

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O vice-presidente da executiva nacional do PSDB, Marconi Perillo, gastou a semana passada para encaixar os pedidos das duas siglas e deixar os detalhes restantes para Vecci. “A partir do dia 5 de agosto estarei integralmente na campanha de José Eliton”, disse Perillo. Segundo ele, o trabalho encomendado pelo ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para a campanha presidencial foi concluído e, de forma exitosa, na avaliação de Marconi, quando ele conseguiu levar o Centro Democrático (PP-PRB-Solidariedade-DEM-PR) para a coligação tucana. 

Convenções nacionais

Após mais uma rodada de convenções partidárias, foram homologados seis candidatos a presidente da República: Ciro Gomes (PDT), Guilherme Boulos (PSol), Jair Bolsonaro (PSL), José Maria Eymael (DC), Paulo Rabello de Castro (PSC) e Vera Lúcia (PSTU).

Desses, Boulos, Eymael e Vera Lúcia saíram das convenções nacionais com as chapas completas. Os outros três ainda não escolheram os candidatos a vice-presidente.

Os partidos têm a até o próximo domingo (5) para realizar convenção nacional e decidir como vão se posicionar na corrida presidencial. Dezesseis partidos, entre eles MDB, PT, PSDB, Rede, DEM e PSB, vão se reunir na próxima semana, entre quarta-feira e domingo. O prazo para pedir registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se encerra dia 15 de agosto.

Cinco legendas – PTB, PSD, SD, PV e DC – realizaram convenções no sábado. Entre eles, somente o Democracia Cristã lançou candidatura própria a presidente. PTB, PSD e SD vão apoiar o tucano Geraldo Alckmin, que ainda não foi confirmado na convenção.

O PV não terá candidato à Presidência, mas recebeu convite do Rede Sustentabilidade para indicar o vice na chapa que deverá ser liderada por Marina Silva. O PSDB se reunirá no próximo sábado (4), em Brasília.

A partir das convenções, os partidos podem adotar medidas práticas para desencadear a campanha eleitoral. Por exemplo, podem assinar contratos para instalação física e virtual dos comitês dos candidatos e dos partidos. Mas o pagamento de despesas só é permitido após a obtenção do CNPJ do candidato e a abertura de conta bancária específica para a movimentação financeira de campanha e emissão de recibos eleitorais.

O CNPJ é solicitado à Secretaria da Receita Federal depois da apresentação das candidaturas à Justiça Eleitoral. Emitido o CNPJ os partidos políticos e os candidatos devem enviar à Justiça Eleitoral, para divulgação na internet, os dados de arrecadação para financiamento da campanha eleitoral, observado o prazo de 72 horas após o recebimento dos recursos.

A Executiva Nacional do Partido Verde (PV) decidiudurante reunião em Brasília que não terá candidato à Presidência da República. O partido também não tem ainda uma posição definida sobre o convite feito pela Rede, no sentido de indicar o candidato a vice na chapa que deverá ser encabeçada por Marina Silva.

“Lamentavelmente não tínhamos condições de apresentar uma candidatura [para a Presidência da República]”, disse o presidente nacional do PV, José Luis Pena, ao deixar a reunião. “Resolvemos, portanto, não ter candidato à Presidência. Marina ofereceu o vice na chapa, mas temos prazo até 5 de agosto para decidir”, acrescentou.

Uma deliberação na reunião de hoje possibilitará que, mesmo indicando o vice da chapa, as unidades regionais terão liberdade para apoiar outras candidaturas. Segundo Pena, essa situação se deve à insatisfação do partido com o atual sistema eleitoral, e aos problemas decorrentes do parlamentarismo de coalizão e da forma como o pleito é processado.

 PSD, Solidariedade e PTB fecham com Alckmin 

A convenção nacional do PSD referendou apoio ao pré-candidato à Presidência pelo PSDB Geraldo Alckmin. Reunidos na capital paulista na manhã do último sábado, os delegados nacionais do partido aprovaram a aliança com o PSDB, rejeitando a proposta de candidatura própria, que tinha a indicação de Guilherme Afif Domingos para presidente.

O presidente nacional licenciado do PSD, Gilberto Kassab, ressaltou que o apoio do partido ao candidato Geraldo Alckmin é importante, por consolidar uma “candidatura de centro e conciliadora”. “É uma candidatura que procura isolar as propostas radicais, seja as de esquerda ou as propostas conservadoras de direitas. É o rumo que o Brasil precisa”, afirmou Kassab.

Na opinião do presidente licenciado do PSD, o país precisa de “tranquilidade, e de líderes que tenham condições de somar todas as correntes políticas para que possam ser concluídas as reformas para retomada do crescimento e desenvolvimento do país, além da estabilidade econômica, política e social.

“Vamos apresentar nossas propostas de retomada do desenvolvimento, com a expectativa de uma campanha de bom nível para nos consolidarmos como um quadro de renovação na vida pública”, ressaltou Kassab.

O Solidariedade também homologou no último sábado apoio ao pré-candidato do PSDB. Aldo Rebelo, ex-presidente da Câmara dos Deputados e ex-ministro dos governos de Lula e Dilma, desistiu de concorrer à Presidência pela sigla. 

Presidente nacional do partido, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (SP), informou que trabalhará pela indicação do nome de Aldo, que ocupou os cargos públicos filiado ao PC do B, como candidato a vice-presidente na chapa de Alckmin.

Bloco

O Solidariedade forma um bloco partidário com outras quatro siglas: PRB, DEM, PR e PP. De acordo com Paulo Pereira, se o pré-candidato do Solidariedade à Presidência tivesse mais tempo de exposição na televisão conseguiria se viabilizar como candidato à Presidência.

“Os cinco partidos decidiram retirar suas candidaturas para apoiarmos o Geraldo Alckmin. Passo a defender o nome do Aldo junto aos demais presidentes para o indicarmos como candidato a vice na chapa”, afirmou.

Segundo Paulo Pereira, o bloco partidário das cinco legendas terá 28% de todo tempo do horário eleitoral gratuito na televisão e no rádio, além de uma bancada já eleita de 164 deputados federais.

O PTB foi o terceiro partido a aprovar apoio à candidatura de Alckmin. A aliança com o PSDB foi homologada em votação simbólica – sem registro nominal dos votos, na convenção do partido. Presente no encontro, Alckmin destacou que o PTB foi o primeiro partido a declarar apoio à sua candidatura e defendeu a pacificação do país para que a economia volte a crescer e gerar empregos e renda para a população.

Alckmin citou o processo de redemocratização, a Assembleia Nacional Constituinte e a implantação do Plano Real, no governo Itamar Franco, como momentos de conciliação do país. “Nosso país está dividido, quanto ódio, quanto ressentimento. Precisamos unir, pacificar. Todas as vezes que o Brasil teve um esforço conciliatório, a democracia consolidou-se, a economia melhorou e os avanços sociais cresceram”, disse.

O tucano foi recebido pela cúpula do PTB na sala de café da manhã do hotel onde ocorreu a convenção, em Brasília. Sentou-se à mesa com o presidente nacional do partido, Roberto Jefferson, e outros petebistas. Antes de seguir para a sala da convenção, tirou fotos com líderes do partido.

Campos Machado (PTB-SP), Benito Gama (PTB-BA) e Jovair Arantes (PTB-GO) falaram em apoio ao candidato. “Com Alckmin não teremos confisco, bloqueio e nem aventura. Seu projeto baseia-se no tripé crescimento, investimento e emprego”, disse Campos Machado.

Em seu discurso, Jefferson fez uma rápida retrospectiva do país a partir da era Getúlio Vargas, passando pelos governos de Juscelino Kubitschek, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, com críticas ao período dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Para o petebista, para voltar a crescer o país precisa fazer reformas: “Hoje ou o país reforma ou reforma”.

Citou com prioritárias as reformas previdenciária, tributária e do Estado. “Além da identidade nas reformas, nossa aliança é inspirada na cidadania e na responsabilidade com a coisa pública. Não reproduz barganhas”, disse Jefferson. O PTB encerrou a convenção, debatendo a organização da juventude e das mulheres no partido.

Mais um candidato ao Planalto

O partido Democracia Cristã (DC) confirmou a candidatura de José Maria Eymael à presidência da Repúblicae do pastor da Assembleia de Deus Helvio Costa como vice-presidente. 

Psol oficializa candidatura de professor Weslei Garcia ao governo 

O Partido Socialismo e Liberdade (Psol) oficializou, neste domingo (29), a candidatura do Professor Weslei Garcia na disputa ao governo de Goiás. A candidata a vice, também do PSOL, é Erenilda de Assis (Nildinha).

Figuras importantes dos movimentos sociais estiveram presentes, o Coordenador do MTST no estado de Goiás, Rogério Cunha, do Grupo Oxumaré, e Whasington Fraga, Presidente do STIUEG (Sindicato das Indústrias Urbanas do Estado de Goiás), Ailma de Oliveira, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil) e o representante do Movimento Terra Livre e MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra).

“A educação deve ser prioridade em qualquer governo, pois ela liberta homens e mulheres e transforma as sociedades”,diz ele.

O candidato afirmou que educação, saúde e segurança pública são as suas prioridades. “Para nós, esse é o tripé básico para um governo sério.”

Na convenção foram definidas as candidaturas de 14 nomes para deputado federal e 40 para deputado estadual. Ao Senado Fabrício Rosa é o candidato único.

Rede vai de Eliton

O Diretório Estadual da Rede Sustentabilidade decidiu, após pré-convenção neste sábado (28/7), que não vai lançar mais Edson Braz da Silva como candidato ao governo de Goiás.

Segundo Aguimar Jesuíno, porta-voz da sigla em Goiás, a tendência é que o partido apoie a reeleição do governador José Eliton, por decisão majoritária.

De acordo com o representante, porém, a oficialização da aliança será anunciada na quarta-feira (1º/8). 

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