Republicanos tem como desafio manutenção de lideranças para 2024

Nos bastidores, comentário é que movimento migratório é esperado em diversos estados e municípios Brasil afora

Postado em: 16-08-2023 às 07h30
Por: Felipe Cardoso
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O partido alcançou, na disputa de 2022, o principal colégio eleitoral do País | Foto: Marcelo Camargo/ABr

Paira, nos bastidores da política nacional, uma espécie de preocupação entre as lideranças ligadas ao partido Republicanos. Conforme apurado pela reportagem do O HOJE, o clima pode ser traduzido como um ‘temor latente’ que passa pelas eleições do ano que vem, e até o pleito de 2026.

Acontece que o partido pode sofrer baixas significativas e perder posição entre os protagonistas da política brasileira. Movimento migratório é esperado em diversos estados e municípios Brasil afora. Em paralelo, vale lembrar, o partido alcançou na disputa de 2022 o principal colégio eleitoral do País quando Tarcísio de Freitas foi consagrado o novo governador de São Paulo. 

Tarcísio, inclusive, é um dos players políticos responsáveis pela inquietação das lideranças do alto escalão da legenda. Quando comenta-se sobre as possíveis movimentações do político direitista, raramente elas não estão associadas à possibilidade de uma mudança de partido. 

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O que se percebe, nos bastidores da política goiana, é que um movimento parecido se repete. Ainda que algumas lideranças transpareçam conforto com o processo de construção pensado para as eleições do ano que vem, outras não escondem a  preocupação que passa, em grande parte, pelo desafio de manter a estrutura que se tem hoje.

Nesse contexto, especula-se, inclusive, uma possivel migração do prefeito Rogério Cruz no intuito de viabilizar seu plano de reeleição em 2024. Rogério, vale lembrar, se aproximou recentemente do PP, de Alexandre Baldy. O partido hoje ocupa quadros importantes da prefeitura de Goiânia e figura na lista das siglas que compõem a base do prefeito.  

Em conversas extraoficiais tem sido ventilada a possibilidade de filiação do prefeito ao PP para a disputa no ano que vem. Em paralelo, fala-se que Rogério não tem encontrado na executiva nacional o alicerce que gostaria para mergulhar na corrida. 

Em março, durante passagem da executiva nacional por Goiás para transferência da presidência estadual de João Campos para Hildo do Candango, foi dito pelo novo dirigente que o Republicanos não tinha outro plano senão a reeleição de Cruz. Em off, interlocutores atestam, porém, que a situação “não é bem assim”. 

O receio em deixar a sigla, ainda de acordo com figuras próximas ao gestor, passa pelo apoio da igreja, estritamente ligada ao Republicanos e essencial em qualquer disputa. Uma outra ala defende, no entanto, que Rogério não perderia esse capital — ao menos não por completo — em função de sua ligação histórica com o segmento. “É algo que não se restringe ao partido”, disse um dos consultados.

De volta ao nome de João Campos, o ex-deputado federal também já performou como um importante nome do partido. Deixou a presidência, como dito, em março. De lá para cá, atuou de maneira mais discreta na política, circulando, sempre, pelos bastidores. 

Apesar da ligação de longa data com a sigla, o comentário é que Campos tende a encontrar um lugar ao sol na política do ano que vem, porém, em Aparecida. O nome dele é cotado para a vice. Os principais comentários levam a crer que o político pode compor com Vilmar Mariano (Patriota). Mas uma aliança com o ex-colega de Câmara, Professor Alcides (PL), que resolveu, ao que tudo indica, mergulhar na disputa, não é descartada. 

Se todas as debandadas por ora especuladas se concretizarem, o partido poderá sair das eleições que se avizinham menor do que entrou. Nesse contexto, lideranças chave são vistas como cruciais ao processo de manutenção do partido no centro do protagonismo. O tempo dirá se o empenho para manter o grupo coeso será suficiente. 

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