Operação da PF apreende celular de Wassef, advogado de Bolsonaro

Ele foi abordado pelos agentes em uma churrascaria de shopping, na zona sul de São Paulo

Postado em: 17-08-2023 às 07h59
Por: Francisco Costa
Imagem Ilustrando a Notícia: Operação da PF apreende celular de Wassef, advogado de Bolsonaro
Ele foi abordado pelos agentes em uma churrascaria de shopping, na zona sul de São Paulo (Foto: Pedro França/Agência Senado)

O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Frederick Wassef, recebeu a visita da Polícia Federal (PF), na noite de quarta-feira (16), e teve o celular apreendido. Segundo o G1, ele foi alvo de busca e apreensão da corporação após admitir que viajou aos Estados Unidos para recomprar um rolex para devolver à União.

Ele foi abordado pelos agentes em uma churrascaria de shopping, na zona sul de São Paulo. Na ocasião, além do celular apreendido, ele teve o carro revistado. Não houve resistência, apesar de surpresa.

Wassef foi procurado, sem sucesso, na sexta-feira (11). À época, a corporação deflagrou uma operação para investigar a recompra de joias dadas pela Arábia Saudita ao ex-mandatário e que foram vendidas de forma irregular.

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Relembre

Durante uma viagem oficial em 2019, autoridades sauditas presentearam Jair Bolsonaro com um relógio de luxo da marca Rolex. No entanto, de acordo com informações da Polícia Federal, o ex-assessor de Bolsonaro, Mauro Cid, teria levado o relógio para os Estados Unidos, onde supostamente o vendeu ilegalmente.

Em coletiva, Wassef refutou qualquer envolvimento em uma suposta “operação de resgate” da joia a pedido de Cid. Ele enfatizou que a viagem já estava marcada antes da compra do relógio, tendo fins pessoais. O advogado afirmou que comprou o relógio com dinheiro de sua própria conta bancária e que ele declarou a aquisição à Receita Federal.

Segundo Wassef, o valor pago pelo relógio foi de US$ 49 mil, e ele alegou ter utilizado dinheiro em espécie para garantir um desconto no valor da compra, além de registrar o nome do comprador, conforme a legislação dos Estados Unidos. Ele justificou que, ao pagar com cartão de crédito, haveria incidência de IOF no Brasil.

Ao longo da entrevista, Wassef afirmou que não recebeu qualquer pedido de Jair Bolsonaro ou Mauro Cid para adquirir o relógio. Ele também negou ter amizade com Cid, classificando sua relação com o ex-assessor como “muito formal”.

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