Polícia Federal ainda não recebeu imagens de agressão à família de Alexandre de Moraes na Itália
Em uma versão dos fatos, suspeita teria chamado o ministro do Supremo de "bandido", "comunista" e "comprado"
Por: Mariana Fernandes
A Polícia Federal (PF) apresentou um pedido formal ao governo italiano para que o Aeroporto de Roma forneça as imagens de câmeras de segurança que teriam captado as agressões de um trio de brasileiros ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes e seus familiares.
O caso ocorreu no dia 14 de julho. No momento, o ministro retornava ao Brasil, via Roma após participar de uma palestra na Universidade de Siena, a 280 km da capital. No local, ele teria sido hostilizado pelo empresário Roberto Mantobani, sua esposa Andreia Mantovani e o corretor Alex Zanetta, genro do casal. Ao chegarem ao Brasil, eles foram intimados e prestaram depoimento à Polícia Federal sobre o caso.
Em uma versão dos fatos, Andreia teria chamado o ministro do Supremo de “bandido”, “comunista” e “comprado”. O filho de Moraes, Alexandre Barci de Moraes teria sido empurrado e seu óculos caiu após ter levado um tapa de Roberto. Na ocasião, a defesa do casal disse que houve “mal-entendido” e “equívoco interpretativo”.
No dia 18 de julho, após mais de sete horas de depoimentos, o escritório Tórtima Stettinger Advogados Associados, que representou o trio, disse que eles “não visualizaram ou encontraram o Ministro Alexandre de Moraes, bem como qualquer familiar seu, na área de embarque do aeroporto de Roma”.
Os advogados também negaram que tenha havido qualquer ofensa direcionada ao magistrado e que houve uma discussão inicial entre Andreia e dois jovens durante o ingresso deles na sala VIP do aeroporto e que “somente quando chegaram ao Brasil souberam tratar-se do filho do Ministro” e que isso se deu “sem que ele estivesse presente” e que não teria “qualquer conotação política”. A Polícia Federal investiga o caso.
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